A juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, manteve a prisão preventiva de Matheus dos Santos da Silva, preso em junho de 2021, acusado de esfaquear e matar a jovem Vitorya Melissa Mota, dentro de um shopping em Niterói.
Segundo a decisão, "não houve qualquer alteração da situação fática, permanecendo íntegros e inalterados os motivos que justificaram a decretação da custódia cautelar”.
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O julgamento do acusado estava marcado para o dia 6 de dezembro do ano passado, mas a magistrada pediu a perícia médica para avaliar as capacidades mentais de Matheus. Um laudo psiquiátrico, assinado pela psiquiatra Sandra Greenhalgh, divulgado em maio deste ano, apontou que ele sofre de transtorno mental e não dispõe de capacidade para entender o que aconteceu.
De acordo com o laudo, Matheus foi diagnosticado com transtorno esquizotípico. Doença mental que dificulta a manutenção de relacionamentos saudáveis. Ainda de acordo com a psiquiatra, o acusado precisa ser internado para tratamento, com reavaliação a cada três anos.
O ENFOCO entrou em contato com a defesa do acusado foi informado que não houve um novo pedido de liberdade. Segundo a advogada Carina Goiata, Matheus foi diagnosticado com uma doença mental, o que impede dele ter consciência sobre seus atos.
“Matheus foi diagnosticado pela pericia forense e pelo psiquiatra assistente técnico inimputável, com doença mental, sem consciência de seus atos antes durante e depois do ato fatídico. A defesa protocolou pedido para que seja aplicada a medida de segurança com a imediata internação e tratamento em hospital psiquiátrico custodiado pelo Estado”, explicou.
O caso
Vitorya foi morta no dia 2 de junho, quando almoçava na Praça de Alimentação do Plaza Shopping, em Niterói. O acusado se aproximou, e durante uma conversa com a jovem, começou a esfaqueá-la.
Na ocasião, testemunhas afirmaram que Vitorya chegou a gritar pedindo para Matheus se afastar e tentou se levantar, mas acabou impedida ao ser atingida pelas facadas. Segundo as investigações, ele só parou o ataque ao ser contido por uma testemunha, que o imobilizou até a chegada dos seguranças do shopping e da polícia.
A vítima chegou a ser encaminhada para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.
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