Violência
'Meu filho é inocente', grita mãe de morto em chacina no Rio
Familiares clamaram por justiça e paz no IML
Familiares das vítimas do ataque a tiros na Praça Sete, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio, reuniram-se na manhã desta segunda-feira (19) no Instituto Médico Legal (IML) do Centro para liberar os corpos de seus entes queridos.
Durante o momento de dor, eles expressaram profunda indignação e fizeram um apelo comovente por justiça e paz, ressaltando a crescente violência que tem assolado a região.
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"Até quando vamos viver em meio a essa guerra, onde nós, inocentes, somos as vítimas? Meu filho é inocente, ele estava se divertindo. O que será de mim, meu Deus? Chega! Queremos paz!", declarou, entre lágrimas, a mãe de uma das vítimas. Ela preferiu não se identificar.
Segundo os familiares, os traficantes envolvidos no ataque eram ex-integrantes do tráfico de drogas no Morro dos Macacos. Atualmente, os acusados estariam atuando na comunidade São João, no bairro Sampaio, sob o controle de uma facção rival.
"Os traficantes metralharam todos que estavam na praça. Eles são ex-bandidos do Morro dos Macacos. Estava tendo um pagode, deram um tiro no rapaz que estava com a filha no colo. Foi uma chacina. Estamos pedindo paz, já não aguentamos mais. Queremos justiça. Eles chegaram dando tiros sem se preocupar se havia crianças na praça", relatou a irmã de uma das vítimas, que também preferiu não se identificar.
Chacina
O ataque, que ocorreu na noite de domingo (18), deixou quatro mortos e três feridos. As vítimas fatais são Gabriel Pereira Cândido, de 24 anos; Pedro Henrique Pereira dos Santos, de 18 anos; Pedro Henrique Barbosa da Conceição, também de 18 anos; e Thailon Martins Lucas, de 17 anos.
O principal alvo dos criminosos seria um traficante conhecido como "Marreco", que estava na praça no momento do ataque e também morreu.
A Polícia Militar foi acionada e reforçou a segurança na área desde a manhã seguinte ao ataque. Segundo a corporação, criminosos armados invadiram a praça e dispararam contra as pessoas presentes, resultando na morte de duas vítimas ainda no local.
Uma terceira faleceu após ser levada ao Hospital Universitário Pedro Ernesto, enquanto as demais foram socorridas no Hospital Federal do Andaraí. O estado de saúde dos sobreviventes não foi divulgado.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) já deu início às investigações, com perícia realizada durante a madrugada. As autoridades estão empenhadas em identificar os responsáveis e esclarecer a motivação por trás desse ato brutal, que tem causado revolta e temor na comunidade.
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