Insegurança
Momentos de terror em assalto em Niterói: 'Pensei que ia morrer'
Jornalista assaltada por bandido armado com faca desabafou
Imagine que você está indo buscar sua filha em uma escola no Centro de Niterói e passa por um momento de terror. Pois é, foi exatamente isso que aconteceu com a jornalista Suzana Moura na última quarta-feira (29), às 18h45.
A jornalista, de 39 anos, estava fazendo seu caminho de todos os dias para pegar sua filha de 7 anos na escola e foi assaltada por um homem que levou seu celular. Ele estava armado com uma faca.
Ela conta que passava pela Rua Maestro Felício Toledo, na esquina com a rua São Pedro, quando foi surpreendida pelo ladrão. Ela parou na frente do Conservatório de Música de Niterói para pedir uma informação e percebeu a chegada da pessoa que a assaltaria e desconfiou logo de início.
Era um homem se aproximando com um objeto cortante. Com a mão esquerda ele imobilizou meu pescoço e me abaixou. Fiquei com o tronco abaixado nessa hora. Na outra mão ele estava com a faca, quase encostando em mim. Acho que ele estava sob efeito de substâncias químicas
Segundo a jornalista, o que a salvou foi seu telefone, justamente porque este era o único interesse do criminoso.
''Ele só queria o meu telefone, sorte que eu trouxe. Estava dentro da minha mochila. Ele dizia: 'Vou te furar, vou te furar'. Ele só queria o celular mesmo, se eu não tivesse com o telefone ele poderia me machucar'', detalhou.
Trauma
Toda essa situação deixou Suzana realmente muito assustada. Ela nem mesmo conseguiu buscar sua filha na escola por conta do nervosismo do momento. A jornalista foi para a casa de seu namorado, que mora em uma rua próxima, e ele foi quem buscou a menina.
Estava muito nervosa, chorando e com o pescoço dolorido, eu não sabia que estava marcado. Pensei que fosse morrer. Ele estava transtornado. Que bom que pegou o celular e correu
Após o episódio, Suzana registrou o caso na 76ª DP (Centro).
Dados e sensação de insegurança
De acordo com o programa Segurança Presente, junho foi o mês com menos roubos de rua em Niterói e Maricá (área de atuação do 12º BPM) desde 2003, quando a contagem se iniciou. O recorde anterior era de 135 casos, em 2020. Em 2022, 123 foram registrados.
Apesar destes dados, a sensação de insegurança ainda é grande no Centro de Niterói. Vale lembrar que a área tem grande circulação de crianças e adolescentes, já que abriga muitas escolas.
O ENFOCO conversou com algumas pessoas que costumam passar pelo local e todas confirmaram a sensação de insegurança. Uma delas, Thais Souza, que trabalha no Conservatório de Música, destacou como a situação piora com a chegada da noite.
''Ficamos funcionando até 21h. No início do dia é tranquilo, mas de noite vai ficando vazio e perigoso. Acho que seria bom para nós se uma viatura policial ficasse aqui'', contou.
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