Luto
'Não esqueçam Juliana', pede irmã de jovem morta em vulcão
Corpo da publicitária já seguiu para funerária em Niterói

Mariana Marins fez um apelo comovente nesta quarta-feira (2), em frente ao Instituto Médico-Legal (IML) do Rio de Janeiro, para que sua irmã, a jovem Juliana Marins, não seja esquecida.
“Ainda há muita coisa que precisamos pedir por ela”, disse Mariana, reforçando que a busca por respostas sobre a morte trágica da estudante continua.
Juliana morreu no mês passado após cair dentro da cratera de um vulcão durante uma excursão turística no Monte Rinjani, na Indonésia. O caso ganhou repercussão internacional e mobilizou autoridades brasileiras e internautas em uma campanha para trazer o corpo da jovem de volta ao país.
Angústia
Após semanas de angústia, uma nova autópsia foi realizada nesta terça no IML do Rio. Mariana explicou que, apesar da conclusão do procedimento, os resultados ainda devem demorar.

“A nova autópsia aqui no Brasil foi feita. Agora a gente está na expectativa do laudo, que não sai hoje. Demora alguns dias, por conta de exames que ainda precisam ser feitos”, disse.
No pronunciamento, Mariana agradeceu o esforço conjunto que permitiu a repatriação do corpo e a realização dos exames.
“Agradeço muito ao IML por essa parceria, por essa ajuda. Agradeço também à PGE, à União, à Polícia Federal... sem toda essa ajuda, sem toda essa comoção, a gente não teria conseguido trazer a Juliana tão rápido para o Rio de Janeiro. E a gente também não teria conseguido fazer essa autópsia hoje”.
Para a família, a dor da perda vem acompanhada de suspeitas de negligência no resgate da jovem.
“Juliana sofreu muita negligência nesse resgate. Então a gente vai continuar atrás de providências”, afirmou Mariana, sem descartar possíveis ações futuras contra o governo indonésio. No entanto, ela ressaltou que, neste momento, o foco está no luto e na despedida.
Uma coisa que a gente tinha muito medo é que a Juliana ficasse desaparecida. É muito importante para nossa família saber que ela está de volta, para que a gente consiga dar esse adeus digno a ela
Ao encerrar sua fala, Mariana voltou a apelar por solidariedade e memória.
“Espero que o meu pedido seja ouvido: não esqueçam da Juliana. Ainda há muita coisa que precisamos pedir por ela”, finalizou.
O laudo da autópsia realizada no Brasil será fundamental para esclarecer se houve falhas no atendimento, omissões ou outros fatores que possam ter contribuído para a tragédia. O corpo da Juliana já seguiu para uma funerária de Niterói. Ainda não há confirmação de data e local do sepultamento.


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