Organização criminosa
Operação histórica contra tráfico de animais e armas é realizada no Rio
Objetivo é prender mais de 40 criminosos

Nesta terça-feira (16), o Governo do Estado do Rio deflagrou a maior operação do Brasil contra o tráfico de animais silvestres, armas e munições. Até às 8h30, 17 pessoas foram conduzidas a delegacia. Vários animais também foram levados para a Cidade da Polícia.
Ao todo, mais de 40 mandados de prisão e 270 de busca e apreensão estão sendo cumpridos, incluindo áreas como a capital fluminense, Região Metropolitana, Baixada Fluminense, Região Serrana, Região dos Lagos, e até cidades paulistas e mineiras.
Batizada de "Operação São Francisco", a ação, coordenada pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), mobiliza mais de mil policiais civis.
A operação é resultado de um ano de investigações que desmascararam a maior organização criminosa do estado, com ramificações em outros estados.
Traficantes de animais e armas desarticulados
Segundo as investigações, a quadrilha atuava há décadas no tráfico de animais silvestres e também no comércio ilegal de armas e munições, que alimentavam a violência no estado. Além de caçarem animais em grande escala, como macacos do Parque Nacional da Tijuca, os criminosos falsificavam documentos para mascarar a origem dos bichos.
"Esse tráfico de animais não é apenas crueldade: é um corredor da morte, já que muitos morrem antes mesmo de chegarem à venda. Isso mostra a brutalidade desse comércio", declarou Bernardo Rossi, secretário estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade.
A operação também revela como os traficantes de animais se associaram a facções criminosas, usando suas redes de distribuição de armas para garantir a continuidade das atividades ilícitas.
Impacto ambiental e social
Para o governador Cláudio Castro, a operação é uma demonstração clara de que o Rio de Janeiro não cederá ao crime organizado.
"Estamos falando de uma quadrilha que, além de destruir a nossa fauna e ameaçar a biodiversidade, também alimentava a violência com a venda de armamento pesado. É uma resposta clara do nosso governo: criminosos não terão paz no Rio", afirmou.
Com apoio de diversas forças de segurança, incluindo a Polícia Federal e o Ibama, a operação também contou com o auxílio de unidades especializadas, como a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e a Subsecretaria de Inteligência (Ssinte).
Cuidados para os animais resgatados
Durante a operação, uma base foi montada na Cidade da Polícia para receber os animais resgatados. Eles passarão por atendimento veterinário e serão avaliados por peritos antes de serem encaminhados para centros de triagem, onde poderão ser reintroduzidos na natureza.
A ação é um marco no combate ao tráfico de animais e crimes ambientais no estado, e traz à tona a necessidade urgente de coibir esses crimes que afetam tanto a biodiversidade quanto a segurança pública.


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