'Tamboril'

Operação prende quatro por golpe da venda de carro no Rio

Grupo atraía possíveis compradores e cometia os roubos

Polícia identificou pelo menos 27 inquéritos envolvendo a quadrilha
Polícia identificou pelo menos 27 inquéritos envolvendo a quadrilha |  Foto: Marcelo Tavares
  

Quatro integrantes de uma quadrilha especializada em roubos foram os primeiros presos da operação Tamboril, que mira um bando especializado em roubar pessoas interessadas na compra de veículos. Entre os presos está  Wallisson Dantas dos Santos, de 30 anos, um dos homens apontados pela polícia como líder do grupo. 

Segundo as investigações, a quadrilha é comandada pelo miliciano Leonardo Faria Francisco, de 36 anos, que é aliado de Tandera. Ele segue foragido.

Ao todo, os policiais têm o objetivo de cumprir cinco mandados de prisão preventiva e outros cinco temporários, além de oito de busca e apreensão. 

As investigações apontaram que os criminosos anunciavam a venda de veículos na internet e quando os vendedores marcavam o encontro para realizar as negociações eles eram sequestrados e torturados pelo grupo.

As vítimas eram levadas para uma região de mata em Seropédica, onde eram agredidas covardemente pelos criminosos, armados de pistolas e fuzis, até realizarem transações financeiras via Pix. 

Imagem ilustrativa da imagem Operação prende quatro por golpe da venda de carro no Rio
    
Fizemos o levantamento das ações que esse grupo praticou. Nos últimos seis meses foram mais de 15 inquéritos com 27 vítimas. Os criminosos roubaram aproximadamente R$ 150 mil Evaristo Pontes, delegado
  

"Às vezes as vítimas eram obrigadas a ligar para outros familiares pedindo mais dinheiro para que os criminosos completassem toda a ação", contou o delegado Evaristo Pontes, titular da 56ª DP (Comendador Soares). 

Os investigadores identificaram que Leonardo é líder da quadrilha alvo da operação. Outras quatro quadrilhas já foram identificadas e mais de 20 pessoas estão envolvidas na ação criminosa.

De acordo com o delegado, algumas vítimas estão com terror psicológico e tem medo de registrar o boletim de ocorrência.

"O terror psicológico dos criminosos é tão grande que as vítimas tem medo de apresentar o extrato bancário com o destinatário dos valores transferido pelos criminosos. Os valores são passados para várias contas, muitas mulheres estão fornecendo conta para seus namorados, às vezes para pessoas conhecidas. Oito mulheres já foram identificadas. Elas recebem os valores, passam para os integrantes e ficam com parcela desse valor", explicou. 

Assim como os integrantes da quadrilha, as mulheres também estão respondendo por associação criminosa, extorsão e roubo.

< Felipe Titto surpreende ao revelar quanto recebeu em 'Malhação' Acusado de matar Marielle e Anderson, Ronnie Lessa é expulso da PM <