A Polícia Civil segue investigando a morte do Guarda Municipal de São Gonçalo, Rodrigo Santos Soares, de 41 anos, mas uma ordem dada por traficantes do Arsenal, bairro onde a vítima morava e foi executada a tiros, pode dificultar o trabalho da polícia na identificação dos autores do crime. Neste domingo (8) completa uma semana da morte do agente.
As diligências estão sendo realizadas por policiais da Delegacia do Rio do Ouro (75ª DP). Segundo as investigações, criminosos ligados a facção Comando Vermelho (CV), que atua na localidade, já haviam dado ordens para que os moradores e comerciantes da região não colocassem câmeras de monitoramento em suas casas e estabelecimentos bem antes da morte de Rodrigo, isso para que as ações do tráfico de drogas não fossem registradas pelos equipamentos.
Na tarde deste sábado (7), a equipe do ENFOCO esteve na Rua Clodomiro Antônio da Costa, na altura do número 81, local onde aconteceu o crime. Em um dos estabelecimentos e até uma das casas na região câmeras foram encontradas, mas estavam desligadas.
“Eu fiz um investimento para ter câmeras e garantir a minha segurança, mas fui surpreendida quando me deparei com um criminoso na minha porta falando que não pode ter câmeras aqui. Eu tive que desligar e virei a câmera para dentro”, contou uma moradora que preferiu não se identificar.
O Crime
Rodrigo morreu na noite do último domingo (1º) após ter sido surpreendido e perseguido por criminosos armados no bairro arsenal, em São Gonçalo.
Segundo o delegado Jorge Maranhão, titular da (75ª DP), o grupo criminoso chamou a vítima no portão, mas ao notar que se tratavam de traficantes, o guarda conseguiu fugir conduzindo seu veículo. Os criminosos conseguiram interceptar o carro e atiraram em Rodrigo, em seguida, eles fugiram levando a arma da vítima.
De acordo com a Polícia Militar, policiais do 7º BPM (São Gonçalo) foram acionados para uma ocorrência de tentativa de homicídio. No local, a equipe encontrou o agente ferido. O Corpo de Bombeiros foi acionado e socorreu Rodrigo para o Hospital Estadual Alberto torres (HEAT), no Colubandê, mas ele não resistiu aos ferimentos.
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