Preso
Oruam se entrega à polícia no Rio: 'Vou dar a volta por cima'
Rapper foi indiciado por sete crimes diferentes
O rapper Mauro Davi Nepomuceno dos Santos, conhecido como Oruam, se apresentou à polícia no fim da tarde desta terça-feira (22), por volta das 18h, na Cidade da Polícia, no Rio. Ele estava acompanhado da mãe e da namorada. A entrega aconteceu horas depois de a Justiça do Rio expedir um mandado de prisão preventiva contra ele.
Na chegada, Oruam falou rapidamente com a imprensa: “Só pedir desculpa mesmo. Dizer que eu amo muito meus fãs. Eu vou dar volta por cima, tropa. Estou com Deus e tá tranquilão. Sou forte!”. Antes disso, ele havia publicado um vídeo afirmando que iria se entregar. Pouco tempo depois, a conta saiu do ar.
Eu errei. Desculpa aí todo mundo, provar para vocês que não sou bandido. Vou dar a volta por cima e depois vou vencer através da minha música
Confronto
A prisão foi decretada após um confronto ocorrido na última semana durante uma operação da polícia para apreender um adolescente dentro da casa de Oruam, no Joá, Zona Oeste da cidade.
De acordo com a investigação, o rapper e outras pessoas impediram a ação dos agentes. Pedras foram jogadas contra os policiais e um deles ficou ferido. O adolescente, que conseguiu fugir na ocasião, também se entregou nesta terça.
Segundo a Polícia Civil, o menor seria ligado ao Comando Vermelho e atuaria como segurança pessoal do traficante Doca, chefe do tráfico no Complexo da Penha. Ele também seria investigado por roubo de veículos no estado.
“Se havia alguma dúvida de que o Oruam seria um artista periférico ou um marginal da pior espécie, hoje nós temos certeza de que se trata de um criminoso faccionado, ligado ao Comando Vermelho, facção que o pai dele, o Marcinho VP, controla à distância de fora do estado, mesmo estando preso em presídio federal”, afirmou o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi.
Após a repercussão, Oruam gravou outro vídeo alegando que houve abuso de autoridade na ação policial e reafirmando que não é criminoso. Segundo ele, sua renda vem da carreira na música.
A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) indiciou o cantor por sete crimes: tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência qualificada, desacato, dano qualificado, ameaça e lesão corporal.
No pedido de prisão, a DRE afirma que a casa de Oruam teria se tornado “um ponto de encontro e abrigo para criminosos e foragidos da Justiça”. A polícia também encontrou fotos do rapper com Doca e com Antônio Ilário Ferreira, o Rabicó, apontado como chefe do Comando Vermelho no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.


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