Padrasto é procurado após espancar menina de 3 anos

Uma menina de apenas 3 anos sofreu traumatismo craniano após ser espancada pelo padrasto em Cachoeiras de Macacu, na Região Metropolitana do Rio. Ela foi internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Estadual Alberto Torres (Heat) no domingo (21) e, nesta quarta-feira (24), foi transferida para a enfermaria, conforme apurou o ENFOCO. O estado de saúde dela é estável, segundo a direção da unidade.

O principal suspeito das agressões é o padrasto, Linneker Steven Siqueira Ramos Silva, que está foragido. Por conta da violência, a menina ficou com o rosto coberto de hematomas. Inicialmente, ela foi levada à UPA da cidade, mas, devido à gravidade dos ferimentos, precisou ser transferida para o Heat. Atualmente, está sob os cuidados da avó paterna.

Em um vídeo gravado na casa da avó, a criança aponta para o agressor. “Quem é que fez esse dodói em neném?”, pergunta a avó. “Titio”, responde a menina. No mesmo vídeo, a criança afirma que a mãe teria presenciado as agressões pelas câmeras e chegou a agredir o agressor.

Segundo a 159ª DP (Cachoeiras de Macacu), após tomar conhecimento do caso, os agentes agiram rapidamente.

"Em menos de 24 horas, as diligências resultaram na coleta de provas substanciais, permitiram o indiciamento do criminoso e a representação pela sua prisão pelos crimes de tortura e tentativa de feminicídio. As equipes seguem em buscas para capturá-lo", diz a nota da Polícia Civil.

Paralelamente, foi aberto um inquérito para apurar a conduta da mãe da menina. A investigação está em andamento.

Linneker é filho do secretário de Esportes do município, Vanderlan Ramos Silva, que se pronunciou em uma publicação destacando que a maior preocupação no momento é com a criança, que recebe acompanhamento médico e toda a assistência necessária.

“Quero deixar claro que não aceito, nem jamais aceitarei qualquer forma de violência, pois trabalho diariamente com crianças e adolescentes e sei da importância de protegê-los e garantir sua integridade”, afirmou o secretário.

Ele seguiu dizendo:

"Como pai, reconheço a dor deste momento. Contudo, reafirmo que o comportamento de um filho não define o caráter de um pai. Sempre primei pela educação e pelo amor ao próximo, valores que sigo cultivando em minha vida. Não tenho nenhum poder de fazer interferência alguma nas investigações e, mesmo se tivesse, não o faria, pois isso não condiz com minha trajetória de vida. Minha vida sempre foi pautada pelo trabalho, pela honestidade e pelos princípios cristãos que orientam minha conduta".