Crime
PM acusada de matar irmã arrancou as unhas e bateu com algemas
Mulher apresenta 'estado pós traumático', diz laudo
O laudo médico de exame de corpo delito da policial militar Rhaillayne Oliveira de Mello acusa que a mulher está em estado pós traumático. Após atirar contra a irmã e ser presa pelo próprio marido, o também PM Leonardo de Paiva Barbosa, a policial 'bateu com as algemas na própria testa e arrancou as unhas dos dedos mínimos das mãos', segundo aponta o documento.
Assinado pelo perito Celso Eduardo Jandre Boechat, o laudo obtido pelo jornal GLOBO aponta que a mulher apresentou 'comportamento sugerindo psicose ou estado pós-traumático' quando foi atendida no Posto Regional de Polícia Técnica e Científica (PRPTC) de São Gonçalo. O atendimento ocorreu na tarde do crime, dez horas depois.
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Além disso, o perito também avaliou que Rhaillayne estava com hematomas 'condizentes com a autolesão relatada', entre outros machucados sofridos, como: tumefação frontal, equimose e tumefação em terço distal do antebraço esquerdo, face ântero-medial, ausência da unha do 5º dedo da mão esquerda.
Após ser encaminhada para a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), o responsável pela investigação afirmou que a policial apresentou descontrole em alguns momentos, e chegou a gritar frases como 'Quero a minha irmã de volta' repetidamente. Em depoimento, o marido da PM relatou que ela estava 'claramente sem paciência' nos últimos dias.
A necropsia realizada no corpo da irmã de Rhaillayne, a Rhayna, mostrou que a mulher morreu em decorrência de disparo de arma de fogo no tórax. O documento do Instituto Médico-Legal (IML) aponta que ela teve hemorragia interna, lesões pulmonar e vascular.
Entenda o caso
Rayana Mello foi morta a tiros pela própria irmã, Rhaillayne Oliveira de Mello, que é uma policial militar do 7º BPM, na manhã de sábado (2) em um posto de combustíveis no bairro Camarão, em São Gonçalo. A acusada foi presa pelo próprio marido, que também é policial militar.
De acordo com a Delegacia de Homicídios Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), a policial militar que realizou os disparos foi detida em flagrante e encaminhada à delegacia. Ela foi autuada pelo crime de homicídio. Diligências estão em andamento para apurar as circunstâncias do fato.
Ordem judicial
A policial militar já foi reprovada na prova da corporação, segundo processo do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Rhaillayne entrou por duas vezes na Justiça para conseguir ingressar na corporação.
De acordo com o documento, de 2014, Rhaillayne se candidatou no concurso público que oferecia 6 mil vagas para soldados da Polícia Militar.
O concurso foi constituído de sete etapas, ela foi aprovada nas seis primeiras, entretanto, foi reprovada na Investigação Social e documental do Centro de Recrutamento e Seleção de Praças (CRSP), porque informou possuir desavenças com seu pai e que já havia feito o uso de substâncias entorpecentes.
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