PMs presos montaram grupo chamado de 'Os Mercenários'

O Ministério Público do Rio revelou, após a operação 'Mercenários', realizada para prender policiais militares acusados de montarem uma organização criminosa, que encontrou cenas de tortura no telefone celulares de um dos investigados. Nove PMs do batalhão de Duque de Caxias (15º BPM) acabaram presos. Além deles, o comandante do batalhão, tenente coronel André Araújo de Oliveira e o chefe do Serviço Reservado, capitão Anderson Orrico, são investigados.  

Na imagem obtida pelo MP, um suposto traficante aparece sendo torturado por pelo menos dois policiais militares. Em seguida, o homem é filmado com um saco preto na cabeça. Ainda segundo o Ministério Público, o grupo de PMs tinham a autorização do tenente coronel André Araújo para 'matar a vontade'. 

De acordo com o órgão os PMs se comunicavam por WhatsApp, através de um grupo denominado 'Os Mercenários', em alusão ao filme americano comandado por Sylvester Stallone. O grupo também carregava a foto do longa. 

Os policiais denunciados eram lotados no batalhão de Queimados (24º BPM), também na Baixada, e foram deslocado para o batalhão de Caxias após a mudança de comando. 

O MP indiciou 11 policiais, pelos crimes de corrupção, peculato, concussão e tortura. Na casa de um dos presos foram apreendidas armas, munições, joias e dinheiro. Também foi apreendido quase R$ 100 mil em dinheiro na casa do capitão Anderson. 

A PM decidiu afastar o coronel André Araújo do cargo. 

Presos

1. Adelmo da Silva Guerini Fernandes
2. Antônio Carlos dos Santos Alves
3. Marcelo Paulo dos Anjos Benício
4. Mário Paiva Saraiva
5. Oly do Socorro Biage Cei de Novaes
6. Vitor Mayrinck
7. Francisco Santos
8. Marcelo Leandro Teixeira
9. William de Souza Noronha