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    Investigação

    PMs presos por morte de policial em Niterói podem ser ligados a contraventor

    Suspeitos são do batalhão de Caxias e do Méier

    Publicado 06/10/2025 às 13:40 | Atualizado em 06/10/2025 às 14:54 | Autor: Giselle SantAnna e Tiago Souza
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    Um dos presos é conduzido por policiais da DHNSG
    Um dos presos é conduzido por policiais da DHNSG |  Foto: Lucas Alvarenga

    O delegado Willians Batista, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), afirmou que o assassinato do policial civil Carlos José Queiroz Viana, ocorrido na manhã desta segunda-feira (6) em Piratininga, foi premeditado e cuidadosamente planejado.

    Em uma operação rápida, a equipe da especializada prendeu três suspeitos, dois policiais militares da ativa e um homem que não pertence à corporação, em Xerém, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Um dos PMs é lotado no 15º BPM (Duque de Caxias), e o outro, no 3º BPM (Méier).

    Os presos já estão na sede da especializada. Há informações ainda não confirmadas de que os  suspeitos fazem parte da quadrilha do bicheiro Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, que, além de jogos ilegais, aposta no contrabando de cigarros. O bando do contraventor atua justamente em Caxias, onde os acusados foram encontrados. 

    A quadrilha de Adilsinho é investigada pela morte do advogado Rodrigo Crespo, do miliciano Marco Antônio Figueiredo Martins, o Marquinhos Catiri, e do policial penal Bruno Killier. 

    Vítima era monitorada

    Segundo o delegado, os criminosos monitoravam a rotina da vítima e sabiam o momento exato em que ele sairia de casa.

    “A gente já sabe que eles vinham seguindo o policial nos dias anteriores. Foi uma execução muito bem planejada, que não deu tempo de reação à vítima”, afirmou Batista.

    O delegado Willians Batista fala em crime 'bem planejado'
    O delegado Willians Batista fala em crime 'bem planejado' |  Foto: Lucas Alvarenga

    Logo após o crime, a DHNSG identificou o veículo utilizado pelos assassinos. Com o apoio do Sistema Integrado de Segurança Pública (SISP) de Niterói e da delegacia de Xerém, o carro foi rastreado e encontrado incendiado, numa tentativa de eliminar provas.

    “Menos de três horas depois do crime, conseguimos localizar outro veículo suspeito saindo da região onde o carro queimado foi abandonado. Dentro dele estavam os dois policiais militares e um homem civil. O automóvel era roubado e transportava três armas de fogo, sendo duas compatíveis com o calibre usado na cena do crime”, detalhou o delegado.

    Além das armas, os agentes apreenderam celulares e outros materiais que agora passam por perícia.

    Batista afirmou que a hipótese de latrocínio foi descartada.

    “Não foi um roubo seguido de morte. Foi um homicídio muito bem executado, que mostra que houve planejamento e vigilância prévia da vítima”, completou.

    O delegado ressaltou ainda o trabalho ágil da equipe da polícia. 

    “Foi uma resposta rápida, fruto da integração entre delegacias e do empenho da nossa equipe. Ninguém faz polícia sozinho, e esse resultado mostra o comprometimento em dar uma resposta firme à sociedade”, concluiu.

    Giselle SantAnna e Tiago Souza

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