Investigação
PMs presos por morte de policial em Niterói podem ser ligados a contraventor
Suspeitos são do batalhão de Caxias e do Méier

O delegado Willians Batista, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), afirmou que o assassinato do policial civil Carlos José Queiroz Viana, ocorrido na manhã desta segunda-feira (6) em Piratininga, foi premeditado e cuidadosamente planejado.
Em uma operação rápida, a equipe da especializada prendeu três suspeitos, dois policiais militares da ativa e um homem que não pertence à corporação, em Xerém, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Um dos PMs é lotado no 15º BPM (Duque de Caxias), e o outro, no 3º BPM (Méier).
Os presos já estão na sede da especializada. Há informações ainda não confirmadas de que os suspeitos fazem parte da quadrilha do bicheiro Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, que, além de jogos ilegais, aposta no contrabando de cigarros. O bando do contraventor atua justamente em Caxias, onde os acusados foram encontrados.
A quadrilha de Adilsinho é investigada pela morte do advogado Rodrigo Crespo, do miliciano Marco Antônio Figueiredo Martins, o Marquinhos Catiri, e do policial penal Bruno Killier.
Vítima era monitorada
Segundo o delegado, os criminosos monitoravam a rotina da vítima e sabiam o momento exato em que ele sairia de casa.
“A gente já sabe que eles vinham seguindo o policial nos dias anteriores. Foi uma execução muito bem planejada, que não deu tempo de reação à vítima”, afirmou Batista.

Logo após o crime, a DHNSG identificou o veículo utilizado pelos assassinos. Com o apoio do Sistema Integrado de Segurança Pública (SISP) de Niterói e da delegacia de Xerém, o carro foi rastreado e encontrado incendiado, numa tentativa de eliminar provas.
“Menos de três horas depois do crime, conseguimos localizar outro veículo suspeito saindo da região onde o carro queimado foi abandonado. Dentro dele estavam os dois policiais militares e um homem civil. O automóvel era roubado e transportava três armas de fogo, sendo duas compatíveis com o calibre usado na cena do crime”, detalhou o delegado.
Além das armas, os agentes apreenderam celulares e outros materiais que agora passam por perícia.
Batista afirmou que a hipótese de latrocínio foi descartada.
“Não foi um roubo seguido de morte. Foi um homicídio muito bem executado, que mostra que houve planejamento e vigilância prévia da vítima”, completou.
O delegado ressaltou ainda o trabalho ágil da equipe da polícia.
“Foi uma resposta rápida, fruto da integração entre delegacias e do empenho da nossa equipe. Ninguém faz polícia sozinho, e esse resultado mostra o comprometimento em dar uma resposta firme à sociedade”, concluiu.


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