Zona Norte
Polícia derruba mural com nomes de mortos em ação no Jacarezinho
Operação contou com blindado da Polícia Civil
Policiais civis derrubaram, nesta quarta-feira (11), um memorial com os nomes dos 28 mortos da operação do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, realizada no ano passado.
A estrutura fazia homenagem aos homens mortos no confronto considerado mais letal do Rio, ocorrido no dia 6 de maio do ano passado. O policial civil André Leonardo Frias também foi executado no confronto.
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Agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e policiais da delegacia do Engenho Novo (25ª DP) retiraram a estrututura com auxílio de blindados e marretas. O material foi apreendido.
A ação foi desencadeada após o mural ser considerado apologia ao tráfico de drogas. Segundo a polícia, 27 pessoas envolvidas no confronto constavam nos registros policiais.
Outro fator que determinou a retirada do painel, segundo a polícia, é que a menção ao policial civil André Leonardo de Mello Frias, assassinado pelos criminosos no momento em que retirava uma barricada, constava entre os nomes e foi negada pela esposa do agente. A família não teria autorizado a iniciativa.
Operação
Considerada a mais letal das operações realizadas no Rio, o saldo terminou em 28 mortos, entre eles o policial André Leonardo Frias, e foi alvo de controvérsias. O confronto completou um ano na semana passada. O Ministério Público denunciou mais dois policiais acusados de excessos nas mortes.
Na denúncia, foi pedido ao 2º Tribunal do Júri da Capital o afastamento dos agentes de suas funções públicas, no que diz respeito à participação em operações policiais, além de medidas cautelares previstas no art. 319, incisos II e III, do CPP.
Segundo a Ação, o crime aconteceu quando os policiais civis entraram na residência onde Richard e Isaac estavam abrigados, após já terem sido baleados durante a troca de tiros.
Após a operação, grupos e lideranças políticas e sociais fizeram um ato em frente à comunidade. Com faixas e camisas, os integrantes dos diferentes movimentos saíram às ruas para chamar a atenção das autoridades sobre, segundo eles, a política de mortes usada contra a população nas favelas.
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