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    Porteiro se emociona ao tomar café da manhã fora de Bangu

    A informação foi confirmada pela irmã mais nova de Paulo

    Publicado 13/05/2023 às 13:41 | Autor: Ana Carolina Moraes
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    Ele deixou o presídio nesta sexta-feira (12)
    Ele deixou o presídio nesta sexta-feira (12) |  Foto: Reprodução

    O porteiro Paulo Alberto da Silva Costa, de 37 anos, tomou o primeiro café da manhã fora do Complexo de Gericinó, em Bangu, nesta manhã de sábado (13), na casa de sua família em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Ele chegou a se emocionar ao comer pão, bolo e outras coisas comuns do cotidiano, itens que ele não tinha no presídio. A informação foi confirmada por Paula Amanda Costa, irmã dele. Ele deixou o presídio por volta das 22h desta sexta-feira (12).

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    "Ele saiu de casa quase agora, parece que a ficha dele não caiu ainda de que ele foi solto, ele está agitado, nem conseguiu dormir, só fala que quer ver os filhos. Depois do café da manhã, ele se emocionou muito e disse que não lembrava mais o que era sentar numa mesa para tomar o café. Ele está feliz e nós só temos a agradecer", afirmou ela que trabalha como babá.

    Paulo foi preso e era alvo de mais de 62 inquéritos apenas por ser reconhecido por foto. Paulo passou três anos dentro do presídio. Dos 63 inquéritos contra ele, ele já havia sido condenado em 11 ocasiões, sendo que em quatro delas a condenação já transitou em julgado.

    No Dia das Mães, Paulo irá comemorar com dona Maria José Vicente, sua mãe, que lutou tanto para que ele saísse da cadeia nesses três anos pelos quais ele ficou preso. 

    "Vamos, pela manhã, para a confraternização na igreja da nossa mãe, que vai ter sobre o Dia das Mães. Ela sempre falava, durante esses três anos que o meu irmão esteve preso, que no próximo ano o filho dela estaria com ela na igreja comemorando", contou Paula.

    O caso

    O porteiro Paulo Alberto da Silva Costa, de 37 anos, deixou o Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, por volta das 22h desta sexta-feira (12), mesmo dia em que seu alvará de soltura foi expedido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).

    Em todos os casos, a autoria do crime foi estabelecida exclusivamente por meio de reconhecimento fotográfico feito pelas vítimas, em datas posteriores aos delitos. A Polícia Civil do Rio de Janeiro não apresentou outras evidências que pudessem incriminá-lo.

    Durante o julgamento, os ministros apontaram um claro caso de racismo em todo o processo conduzido pela Polícia Civil, Ministério Público e Justiça do Rio. Eles destacaram e criticaram a inclusão da foto de Paulo no álbum de suspeitos da Polícia Civil.

    O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a soltura do porteiro na última quarta-feira (10). A família dele lutou durante todo esses anos para que a justiça fosse feita.  

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