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    Desabafo

    'Prometi no caixão que faria justiça', diz mãe de jovem morto em SG

    PM foi denunciado pelo crime, em São Gonçalo

    Publicado 19/12/2024 às 9:45 | Autor: Tiago Souza
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    Fernanda Rodrigues e o filho Rhuan Rodrigues: luta por justiça
    Fernanda Rodrigues e o filho Rhuan Rodrigues: luta por justiça |  Foto: Reprodução

    A denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro contra o tenente da Polícia Militar Marcos Gabriel Silva Mendes, pela morte de Rhuan Rodrigues Pereira, trouxe alívio e força para Fernanda Rodrigues, mãe do jovem de 20 anos assassinado durante uma abordagem policial em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.

    Em entrevista emocionada ao ENFOCO, Fernanda relembrou as promessas que fez ao filho no hospital e durante o velório: lutar incansavelmente por justiça.

    "Eu prometi para ele no hospital e no caixão que faria justiça, e essa guerra está só começando. Vou até o fim. Só vou estar satisfeita quando ele (o policial) estiver preso, pagando pelo que fez ao meu filho", afirmou Fernanda.

    Apesar da dor, Fernanda acredita que a justiça está começando a ser feita.

    "Hoje eu acordei às sete da manhã com essa notícia. Nada vai trazer meu filho de volta, mas saber que a Justiça está caminhando me traz uma emoção muito grande", disse, emocionada.

    Fernanda, que desde o início colaborou com as investigações, sempre teve convicção de que Rhuan era inocente e foi morto injustamente. "Meu filho era inocente. Ele foi assassinado sem ter feito nada de errado. No início, esse mesmo policial tentou dizer que meu filho estava trocando tiro com ele, mas sabíamos que isso não era verdade", explicou.

    Segundo a mãe, Rhuan foi atingido por disparos de fuzil enquanto fazia uma manobra de retorno, e que os policiais estavam em uma viatura com as luzes apagadas, dificultando a identificação.

    Rhuan, descrito por amigos e familiares como um jovem trabalhador e sonhador, tinha 20 anos e uma vida cheia de planos.

    "Ele acabou com os sonhos do meu filho, sem nem perguntar quem ele era. Ele não deu ao meu filho o direito de se defender", desabafou Fernanda.

    Desde a morte de Rhuan, há quatro meses, Fernanda vive dias de dor e luta.

    "São dias que parecem um filme de terror. A vida perdeu muito sentido. Uma metade de mim foi enterrada junto com ele no caixão", revelou.

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