Justiça
Segunda audiência do caso João Pedro é marcada para 16 de novembro
Adolescente foi baleado e morto em maio de 2020
A continuação da audiência de instrução do processo da morte de João Pedro Mattos Pinto foi marcada para o dia 16 de novembro, às 13h30, no Fórum do Colubandê, informou o Tribunal de Justiça do Rio.
Em maio de 2020, aos 14 anos, o adolescente foi baleado e morto com um tiro de fuzil durante uma operação conjunta das polícias Civil e Federal no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.
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O jovem brincava com amigos, na casa dos tios, quando, segundo testemunhas, policiais entraram atirando. Ele foi atingido por um disparo de fuzil e socorrido de helicóptero, mas não resistiu.
Três policiais civis lotados na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) – Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister – são acusados pelo crime de homicídio qualificado.
1ª audiência
Ao todo, oito testemunhas foram ouvidas pela juíza Juliana Grillo El-Jaick, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, durante a primeira audiência do caso, nesta segunda-feira (5).
A primeira a falar foi a perita da Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro Maria do Carmo Gargaglione, responsável pelo relatório técnico da reprodução simulada do caso.
Segundo a especialista, o trabalho foi realizado com um scanner de última geração, único modelo usado no Brasil.
“O scanner fez uma fotografia com precisão de todos os ambientes da casa e seu entorno. Junto com os depoimentos de quem estava na casa, fizemos um cruzamento de informações. Havia uma concentração grande de marcas de bala em um cômodo da casa”, contou a perita.
O pai de João Pedro, Neilton da Costa Pinto, foi a segunda testemunha a falar. O homem contou que trabalhava em um quiosque quando soube do tiroteio.
“Cheguei no local e encontrei cinco jovens na calçada. Perguntei onde estava o João Pedro e meu sobrinho respondeu que ele tinha sido baleado pela polícia. Só fui saber o que tinha acontecido com meu filho, no dia seguinte, quando soube que o corpo dele estava no IML”, disse o pai da vítima.
Além dos dois, mais seis testemunhas foram ouvidas: cinco adolescentes que estavam com a vítima e a dona da casa onde o caso ocorreu.
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