Desaparecido
Sequestro em Niterói: novas linhas de investigação ganham força
Testemunhas afirmam que jovem foi levado por homens em Itaipu

A Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese para explicar o desaparecimento do jovem empreendedor Eduardo Aguiar Ferreira, de 24 anos, sequestrado em plena luz do dia em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, nesta segunda-feira (24).
Enquanto diligências avançam sob sigilo, duas linhas de investigação da Delegacia de Itaipu (81ª DP) ganham força: uma possível desavença envolvendo o atual companheiro de uma mulher com o qual o jovem teve um rápido relacionamento e a suposta comercialização de uma carga de cigarros de origem suspeita.
O caso, considerado complexo pelos investigadores, segue cercado de lacunas, desde o momento em que o jovem foi empurrado à força para dentro de um veículo, modelo Corolla prata, na Região Oceânica de Niterói, até o rastro final de seu celular, horas depois, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Como aconteceu?
Dono de uma banca de jornal e artigos, o jovem foi levado por três homens, ainda não identificados, por volta das 16h40 de segunda-feira (24), enquanto trafegava de moto pela Rua Jaerthe Pimentel de Medeiros, na esquina com a Rua 32, no bairro Itaipu. Segundo testemunhas, os criminosos dominaram o rapaz e o colocaram dentro de um carro prata, que fugiu em direção à Avenida Central.
A família procurou a Delegacia Antissequestro às 22h, mas, até aquele momento, não havia qualquer contato dos possíveis sequestradores. A vítima segue desaparecida. O telefone de Eduardo registrou sua última localização às 20h30, já no bairro Imbariê, em Duque de Caxias, ampliando ainda mais o raio da investigação.
Imagens de câmeras residenciais colhidas por familiares e moradores e obtidas com exclusividade pelo ENFOCO registraram toda a ação e ajudaram a polícia a identificar o veículo utilizado. Buscas já foram feitas junto ao Centro Integrado de Segurança Publica de Niterói (CISP) e ofício encaminhado ao município de Duque de Caxias para análise de câmeras públicas, mas ainda sem registro do carro até o momento.
Apesar do avanço das apurações e de diligências já consideradas bem-sucedidas, a 81ª DP afirma que detalhes ainda não podem ser revelados devido ao sigilo legal, previsto no artigo 20 do Código de Processo Penal. A polícia reforça que familiares podem ajudar com informações mais precisas sobre eventuais relações da vítima com terceiros e pede compreensão diante da complexidade do caso.
O delegado Deoclécio Assis ressaltou que a equipe policial está comprometida em esclarecer o caso o mais rápido.

Ezequiel Manhães
Redator

Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!



