Assustador

Suspeito de matar família é réu por assassinato de noiva em 2009

Inquérito aponta que ele matou a mulher com golpes de faca

Alexsander Silva usou medicamento para sedar a esposa e os filhos antes de matá-los, disse o delegado
Alexsander Silva usou medicamento para sedar a esposa e os filhos antes de matá-los, disse o delegado |  Foto: Marcelo Tavares
 

Alexander da Silva, de 49 anos, preso por suspeita de matar a mulher e os dois filhos no Recreio, é réu pela morte da própria noiva. O caso aconteceu em 2009, e ele responde por homicídio qualificado contra Tatiana Rosa de França, que foi executada a facadas.

Em novembro do ano passado, o juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, da 1ª Vara Criminal da Capital, havia marcado a audiência do caso em até 90 dias.

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"O júri esteve marcado algumas vezes e foi adiado com pedido de vistas e também por conta da pandemia da covid-19. O julgamento será marcado, assim que forem intimadas as testemunhas e foi dá um prazo para que as intimações sejam cumpridas para, então, definir nova data", diz o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ).

Segundo a denúncia do Ministério Público, no dia 25 de julho de 2009, Alexander teria golpeado a vítima, de 27 anos, no pescoço, após não aceitar o término do relacionamento. A jovem então desapareceu, familiares começaram as buscas e o próprio acusado teria ajudado.

Tatiana foi encontrada morta em uma região de mata em Vargem Grande. Segundo o laudo da necropsia, ela foi golpeada inúmeras vezes no pescoço. Na época do desaparecimento, a prima da mulher procurou a 32ª DP (Taquara) para registrar o desaparecimento. Ela contou que a jovem havia saído com o suspeito.

O inquérito instaurado na 16ª DP (Barra da Tijuca), no qual o portal g1 teve acesso, Alexander disse que tinha brigas normais de casal com a vítima e, que nos últimos meses, a companheira estava depressiva, devido à perda do pai, recusando os convites para sair. Ele afirmou que procurava, em conjunto com a família, onde estava a mulher.

Vizinhos afirmam que viram o homem no dia 25 de junho, com um machucado no dedo. Outra testemunha também alegou que o considerava  uma pessoa violenta.

Segundo a necropsia, os golpes foram na altura da tireoide. Além disso, segundo os agentes, a mulher foi morta em um local, e o corpo despachado em outro. Alexander foi indiciado três anos depois pelo delegado Antônio Ricardo Lima Nunes, então titular da 32ª DP. Segundo a autoridade, as versões apresentadas pelo suspeito não foram confirmadas.

No mesmo ano, o delegado pediu a prisão preventiva de Alexander, com base no risco que ele propunha a testemunhas, em especial a mãe da vítima. A  promotora do caso, Christiane Barbosa Monnerat de Azevedo, concordou com a decisão. 

Mas a juíza Ludmilla Vanessa Lins da Silva, auxiliar do I Tribunal do Júri da Capital, negou tal pedido, com base em “lapso temporal”.

Mortes no Recreio

O motorista de aplicativo Alexsander Silva usou medicamento para sedar a esposa e os filhos antes de matá-los na noite desta quinta-feira (16), dentro do apartamento onde a família morava no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio.

Segundo Wilson Palermo, delegado da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o acusado pelos assassinatos usou melatonina.

Agora ele vai responder por homicídio, feminicídio e também estará incluído na nova lei que trata da violência doméstica contra criança e adolescente.

Palermo afirma que as diligências iniciaram na noite de ontem. Já o acusado foi preso na manhã desta sexta-feira (17) após denúncia.

Dentre as vítimas de Alexsander, estavam o bebê Matheus Alexander Cabral Pinheiro da Silva, de 11 meses, encontrado enforcado dentro do berço.

A menina Maria Eduarda Fernandes Affonso da Silva, de 12 anos, e a esposa, Andreia Pinheiro, de 37 anos, foram encontradas com marcas de tiros.

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