Investigação
Tia Piza: polícia tem imagens com rota dos suspeitos de morte em Maricá
Diarista de 51 anos tinha acabado de sair da casa de amiga

A polícia já tem imagens de câmeras de segurança que, segundo a família, permitem traçar a rota dos suspeitos de envolvimento no tiroteio que resultou na morte da diarista Adriana Francisca da Silva, mais conhecida como Tia Piza, de 49 anos, em Ponta Negra, Maricá, na noite desta quarta-feira (29).
A informação foi dada por Carlos Patrick, de 31 anos, filho da mulher, em entrevista concedida por telefone ao ENFOCO. Ele estava na porta do Instituto Médico-Legal (IML) do Barreto, em Niterói, onde aguardava o reconhecimento e liberação do corpo da mãe.
“Durante o período em que conversei com a Polícia Civil e com a Militar, eles conseguiram monitorar por câmeras de segurança pela cidade, pela localidade, e já têm mais ou menos um caminho de onde veio e pra onde foi.”
Adriana tinha três filhos e cinco netos. Atualmente, ela estava namorando. A mulher foi atingida por bala perdida enquanto saía da casa de uma conhecida, por volta de 22h. Na ocasião, de acordo com relatos, havia uma disputa entre traficantes locais.
“Pelo que eu vi no momento, ela foi atingida nas costas e no pescoço. Uns três a quatro tiros, mais ou menos”, relatou o filho.
Carlos, que trabalha como ajudante de pedreiro, disse que mora a cerca de 150 metros de onde tudo aconteceu. Ele chegou a ouvir os disparos:
"Lá de casa deu pra ouvir. Aí um começou a perguntar o outro e as pessoas que moram no local começaram a me ligar dizendo que achavam que era ela. Depois que a poeira abaixou e a polícia chegou, aí confirmaram que era mesmo. Ela tinha um vício em bebida e esperava que pudesse acontecer de outra maneira, mas não dessa".
O filho explicou que a mãe foi até a casa da conhecida para tomar banho, quando acabou surpreendida pelo tiroteio que tirou sua vida.
“Ela acabou ficando no meio do fogo cruzado. Foi bala perdida. Ela ficava por ali, conhecia todo mundo, tinha um namorado. De filhos, tinha eu, minha irmã do meio e o meu irmão caçula”, lamentou.
A vítima trabalhava como empregada doméstica e, segundo o filho, vivia com familiares e eventualmente na casa do companheiro. Carlos Patrick clama por Justiça.
Espero que tudo se resolva. Que a Justiça seja feita. É muito triste ver uma pessoa inocente, tão querida por todos, morrer por causa de disputa de tráfico
Ele acompanha os trâmites junto à polícia e à perícia: “Estive na polícia ontem; hoje estou aqui no IML para reconhecimento e liberação. Eu que estou à frente de tudo.”
O crime deixou a comunidade abalada. Nas redes sociais, moradores e conhecidos se manifestaram com mensagens de carinho e lembranças da personalidade da vítima.
“Todo mundo falando que ela era muito amada, carismática, brincalhona. Era alegria por onde passava. Essa é a lembrança que quero levar pra sempre na minha vida”, disse Carlos.
Ainda não há informações sobre o velório e sepultamento.
A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) foi acionada e investiga a morte de Adriana. Segundo a Polícia Civil, diligências estão em andamento para esclarecer os fatos.
 
 
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