Alta demanda
IML de Niterói recebe corpos do Rio após megaoperação; família reclama
Parente de vítima de acidente aponta dificuldades

Com o acúmulo de corpos da megaoperação que deixou mais de 100 mortos nos Complexos da Penha e do Alemão, o Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, está operando com sobrecarga. Por isso, corpos de outras ocorrências estão sendo transferidos para unidades de apoio, como o IML de Niterói, no Barreto, localizado à Rua General Garcia D'Ávila, próximo ao Colégio Pedro II.
A mudança, no entanto, pegou familiares de surpresa, que relatam dificuldades para localizar os corpos e se deslocar até a Região Metropolitana.
Na manhã desta quinta-feira (30), a dona de casa Dolores de Souza da Conceição, de 39 anos, deixou o bairro de Quintino, na Zona Norte do Rio, para liberar o corpo da irmã, vítima de atropelamento. Sem informações precisas, acabou se perdendo no trajeto e parando no Centro de Niterói, onde precisou buscar ajuda na 76ª DP.
“Saí da Zona Norte do Rio para liberar o corpo da minha irmã. Ela morreu após 50 dias internada. Só nos avisaram que o corpo foi levado para o IML de Niterói, mas não passaram o endereço, nem como chegar. Desembarquei no Centro e ninguém sabia informar. Tive que vir na delegacia e só então consegui ajuda. Agora vou gastar mais dinheiro com motorista de aplicativo, andando numa cidade que eu nem conheço”, contou Dolores, emocionada.
Apesar da transferência dos corpos, a movimentação no IML do Barreto era de aparente normalidade na manhã desta quinta-feira. A Polícia Civil foi procurada para esclarecer como está sendo feito o remanejamento e o planejamento das atividades na unidade, mas ainda não se pronunciou.
 
 
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