Operação Karatê S/A

Traficante Sam da Cidade de Deus é alvo de operação da Civil

Ação tem como objetivo cumprir mandados de prisão na região

Nas redes sociais, moradores relatam intensos tiroteios em várias regiões
Nas redes sociais, moradores relatam intensos tiroteios em várias regiões |  Foto: Reprodução
 

O chefe do tráfico da Cidade de Deus, conhecido como Sam, é o principal alvo de uma operação realizada pela Polícia Civil na manhã desta sexta-feira (1º). Nas redes sociais, moradores relatam intensos tiroteios em vários pontos da comunidade que fica na Zona Oeste do Rio.

Três pessoas foram presas, sendo duas ao longo da semana e uma nesta sexta-feira. Os investigadores identificaram pessoas responsáveis pelo recebimento e lavagem de dinheiro do grupo criminoso, incluindo familiares, depósitos em espécie, transferências, sociedade em empresas de exploração de serviços de internet, e aquisições imobiliárias de alto valor.

A operação Karatê S/A visa cumprir 33 mandados de busca, apreensão e sequestro de bens da organização criminosa responsável pela lavagem de dinheiro da maior facção do Rio de Janeiro. E tem como alvo o núcleo relacionado ao homem que seria o chefe da localidade Karatê, que está preso.

São cumpridos seis mandados de prisão, 25 de busca e apreensão e duas determinações de sequestro de imóveis, bem como a apreensão de veículos e valores avaliados em cerca de R$ 3 milhões, incluindo uma casa em condomínio fechado de alto padrão na Zona Oeste.

As investigações duraram cerca de dois anos. Segundo a Polícia Civil, a facção criminosa que domina a localidade atua diretamente nos roubos a veículos, pedestres, estabelecimentos comerciais e como quadrilhas de “saidinhas de banco” e extorsões mediante sequestro.

A região do Karatê é uma das mais violentas contra as forças policiais, com diversas mortes de agentes e ataques a helicópteros.

A operação de hoje é do Departamento Geral de Combate ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD), com apoio do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), e da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD).

As investigações irão continuar em sigilo para apurar outras condutas criminosas conexas e demais autores.

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