Confusão
Vereadores de Niterói batem boca na frente de shopping; veja
Caso foi registrado na Delegacia da Mulher, no Centro de Niterói
Parlamentares de Niterói protagonizaram uma confusão na porta principal do Plaza Shopping, em Niterói, na noite desta terça-feira (14). Benny Briolly (Psol) acusa Douglas Gomes (PL) e equipe de assessores de proferir frases transfóbicas.
O ato pedia explicações ao shopping, que retirou de cena, no final de semana, uma mostra com temática LGBTQIA+. A Polícia Militar foi ao local por volta de 18h30.
O grupo de Douglas simultaneamente me chamava de 'Augusto' e uma das assessoras dele me chamou de 'traveco'
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O caso foi registrado como injúria na Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM).
Vídeos mostram ânimos exaltados entre vereadores e parte do público que estava na Rua Quinze de Novembro, em frente ao Teatro Municipal.
O vereador Douglas nega as acusações. E diz que uma manifestante que apoiava a exposição teria batido na mão do seu assessor.
"Registro qualquer um pode fazer. É mais uma mentira e certamente, perderá na justiça novamente. A vida de Benny é pautada na mentira. Não consegue vencer no discurso, parte para mentira. Uma manifestante que estava apoiando a exposição bateu na mão do meu assessor. Um assessor comparecerá na delegacia hoje [quarta], pois Benny o chamou de racista", rebateu Douglas.
Estavam no local representantes do Grupo Diversidade Niterói, do Quilombo Urbano Xica Manicongo, da Casa Nem - liderado pela ativista Indianarae Siqueira, e do Fórum Nacional de Travestis e Transexuais.
Antes da confusão, os grupos proferiam palavras de ordem e apitaços para defender direitos ao movimento LGBTQIA+. Segundo relatos, a manifestação seguia de forma pacífica.
"Até a chegada do vereador bolsonarista e seus assessores que estenderam a bandeira do Brasil e faixas com dizeres contra o movimento LGBT e com mensagens de proteção as crianças. O vereador e seus assessores debocharam da manifestação e proferiram frases transfóbicas: 'cuidado, homem não pode agredir mulher porque dá Maria da Penha', afirmou Benny.
O Programa de Proteção de Defensores de Direitos Humanos (PEPDDH-RJ) foi acionado. Um advogado do programa acompanhou Benny na delegacia.
O artista plástico Diego Moura considerou que a mostra "Abecedário da diversidade", foi censurada pela administração do shopping, ao ser retirada do salão principal no 3°piso e remanejada para uma sala reservada no mesmo andar.
Construí uma exposição com o propósito de juntar arte e educação, e tinha como base explicar o que cada letra da sigla LGBTQIAP+ significa de forma rápida e leve
Benny, ao defender a permanência da mostra no Plaza Shopping, diz ter sido vítima de perseguição.
"Semana passada foi o Diego, eu sou frequentemente alvo dele [Douglas Gomes]. Alguém precisa parar. Eles debocham da impunidade e enquanto não forem devidamente punidos, eles não vão parar. É por isso que Diego é censurado no Plaza, é por isso que um LGBT morre a cada 25 horas no Brasil, é através dessa política de morte que nos matam diariamente", conclui.
Em nota, o Plaza Shopping informou que preza pela tolerância e quer propor sempre um ambiente de respeito para clientes, lojistas e colaboradores.
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