Polícia Federal
Washington Reis é alvo de operação sobre contratos ilegais na saúde
Ex-prefeito de Duque de Caxias faz chapa com Cláudio Castro
O ex-prefeito de Duque de Caxias e candidato a vice-governador na chapa de Cláudio Castro (PL), Washington Reis (MDB), é alvo da Operação Anáfora, realizada pela Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (1), sobre um suposto favorecimento na contratação de uma cooperativa de trabalho pela Secretaria de Saúde de Caxias.
Segundo a PF, o contrato com a empresa desviou mais de R$ 563,5 milhões em pouco mais de dois anos de trabalho. Em comunicado à imprensa, Washington Reis confirmou a presença de agentes federais em sua residência. O vice de Cláudio Castro ainda afirmou que os policiais não encontraram nada relacionado ao caso investigado.
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“Washington destaca que atendeu os policiais e se colocou à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários. A polícia fez o seu trabalho, sem nenhum tipo de interrupção ou dificuldade e nada foi encontrado”, afirma o texto.
O empresário Mário Peixoto, denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por ser apontado pela Justiça como beneficiário no esquema de corrupção do governo Wilson Witzel, também é alvo da operação nesta quinta-feira (1).
Operação Anáfora
Na ação de hoje, cerca de 130 policiais federais e servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) cumprem 27 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. São três nos municípios de Duque de Caxias, um em Maricá, dois em Angra dos Reis, um em Mesquita, um em Niterói, um em Nova Iguaçu e 18 na capital.
A investigação, iniciada em janeiro deste ano, aponta que a cooperativa em questão pertence à "estruturada e complexa organização criminosa que vem operando no Estado do Rio de Janeiro".
De acordo com a PF, todos atuavam em um contexto de corrupção sistêmica, por meio de desvio de recursos públicos, em especial na área da saúde, há décadas.
Os mandados de busca e apreensão são executados contra pessoas físicas e jurídicas que, dentro do contexto investigativo, ocupam diferentes funções na hierarquia criminosa, abarcando empresários, interpostas pessoas, operadores financeiros e prováveis líderes do esquema criminoso, disse a PF.
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