A sessão de votação sobre a cassação do vereador Gabriel Monteiro (PL) iniciou com a leitura do processo, feita pelo vereador Chico Alencar (Psol), membro do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
Alencar, que foi relator do documento, voltou a informar sobre quais crimes Monteiro está respondendo na Câmara Municipal. O Conselho de Ética julgou casos de assédio sexual e moral, vídeos que teriam sido forjados e uma filmagem de uma relação sexual com uma menor de idade.
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“Ficou absolutamente claro, não apenas para esse relator, que os crimes são mais do que suficientes para que esse mandato seja interrompido. É preciso destacar também que o vereador realizou uma inspeção nos seus colegas. Isso também é inaceitável”, disse o vereador.
Mais importante do que vestir a caráter, é ter caráter Chico Alencar, vereador
O vereador foi bastante criticado por apoiadores de Monteiro, que chamaram Chico Alencar de mentiroso no momento de seu discurso. O segundo a falar foi Alexandre Isquierdo (União Brasil), presidente do Conselho de Ética. Ele aproveitou o seu tempo para valorizar o trabalho feito pelo grupo.
“Conduzimos com total imparcialidade esse processo. Em nenhum momento, houve pressão da mídia. O Conselho não foi levado por pressão nenhuma externa. Em todo tempo, pensamos que não podia haver nenhuma ilegalidade”, afirmou.
As vereadoras Thaís Ferreira (Psol), Tainá de Paula (PT), Teresa Bergher (Cidadania), Laura Carneiro (PSD), discursaram contra Monteiro. Todas as parlamentares alegaram que o parlamentar cometeu sim os crimes. Reymont (PT), Mônica Benício (Psol) e Celso Costa (Republicanos) também fizeram comentários contra Gabriel.
“Eu vi um rapaz beijando o pescoço de uma criança vulnerável”, afirmou Laura Carneiro.
Já Felipe Michel (Progressistas) usou os 15 minutos disponíveis para realizar um discurso exaltando o trabalho de fiscalização de Gabriel Monteiro, mas afirmou que não ia passar a mão na cabeça do companheiro com o erro. Ele chegou a mencionar um caso de tentativa de estupro sofrido por sua filha, o que incomodou Monteiro.
“Eu não sou acusado de estupro”, disse Gabriel, em meio a aplausos de apoiadores e vaias de opositores.
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