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    Eleições 2022

    Willian Bonner perde a paciência em debate: 'Não consigo entender'

    Mediador interveio falas precipitadas de candidatos

    Publicado 30/09/2022 às 0:41 | Atualizado em 30/09/2022 às 9:27 | Autor: Ezequiel Manhães
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    Jornalista demonstrou falta de paciência em alguns momentos do debate
    Jornalista demonstrou falta de paciência em alguns momentos do debate |  Foto: Reprodução TV Globo

    Desrespeito às regras do debate eleitoral, exibido pela TV Globo, madrugada adentro desta sexta-feira (30), marcou a terceira rodada de perguntas entre os candidatos a presidente.

    O jornalista Willian Bonner, mediador do debate, precisou intervir em diversos momentos, demonstrando falta de paciência. A postura de Bonner, inclusive, foi um dos assuntos mais comentados na rede social Twitter.

    "Eu não consigo entender, o senhor compreendeu que tem regras no debate e que basta cumpri-las. Quando o candidato está falando, é só aguardar. O senhor vai ter direito a réplica [...] O senhor realmente decidiu instituir uma nova regra neste debate. Ela não existia", lembrou Bonner ao candidato Padre Kelmon (PTB). 

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    O debate deste ano teve uma nova regra em relação aos debates realizados em anos anteriores: os candidatos puderam dividir o tempo de resposta e réplica.

    São três minutos, que podem ser usados da forma como o candidato preferir. Se usar apenas 20 segundos na resposta, por exemplo, poderá usar 2 minutos e 40 segundos na tréplica.

    Conforme as regras, o cronômetro é parado assim que o candidato sinaliza que terminou de responder à pergunta do outro candidato.

    Ainda como exemplo, se o candidato usar dois minutos e 30 segundos na resposta, tem 30 segundos para a tréplica. Para as perguntas, os candidatos continuam tendo 30 segundos, além de um minuto para a réplica.

    As perguntas, em ordem sorteada previamente, são feitas sempre de candidato para candidato. Um candidato pergunta para outro de sua livre escolha, entre os que ainda não tiverem respondido naquele bloco.

    No bloco de temas determinados, a mecânica é a mesma, com o mediador sorteando em uma urna, antes das perguntas, o tema que deverá ser abordado.

    Kelmon questionava ao candidato Lula (PT) sobre comparsas presos e acusou o petista de perseguir cristãos. Em meio a réplica do adversário, portanto, Kelmon o interrompeu por diversas vezes, quando foi sinalizado por Willian Bonner.

    "O senhor é um 'descondenado', não deveria nem estar aqui como presidente. É cínico, mente, é um ator, mente o tempo todo", atacou Kelmon.

    Lula se indignou com o comportamento do adversário. Também protagonizou falas antecipadas em determinados momentos.

    "Não dá para debater com uma pessoa com comportamento de fariseu. Eu estou vendo um impostor, alguém disfarçado", rebateu o petista - alegando ter sido absolvido em 26 processos.

    Entre os destaques do terceiro bloco, o avanço da agenda liberal, defendido pelo candidato Felipe D’Ávila (NOVO), além de Jair Bolsonaro (PL) falando sobre a pretensão de continuar implementando reformas, caso reeleito. A pauta Orçamento Secreto também veio à tona.

    No decorrer do quarto bloco, os temas sorteados foram: Segurança Pública, Gastos Públicos, Política Cultural, Privatização, Saúde, Habitação e Agricultura.

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