Crime

Madrasta acusada de envenenar enteados será julgada nesta sexta

Testemunhas de acusação e defesa devem ser ouvidas

Até o momento, Cintia permanece presa no Complexo Penitenciário de Gericinó
Até o momento, Cintia permanece presa no Complexo Penitenciário de Gericinó |  Foto: reprodução
 

Cintia Mariano Cabral, acusada de envenenar os dois enteados, será julgada nesta sexta-feira (30), a partir das 13h. A mulher responde pela morte de Fernanda Cabral, de 22 anos, e pela tentativa de homicídio do Bruno Cabral, de 16 anos. 

Segundo as investigações, a mulher teria envenenado os dois jovens, filhos do marido com outra mulher, com chumbinho. 

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O juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, da 3ª Vara Criminal da Capital, deve ouvir as testemunhas de acusação e defesa na primeira audiência de instrução e julgamento no 3º Tribunal do Júri da Capital. 

Cintia permanece presa no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio, ela também deve depor
  

Até o momento, Cintia permanece presa no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio, ela também deve depor. 

No dia 14 de junho, o juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira atendeu a um pedido do Ministério Público e prorrogou a prisão temporária da madrasta após perceber, no decorrer das investigações da apuração do caso de Bruno, semelhança com a dinâmica da morte de Fernanda. 

“Somente a manutenção da prisão de Cíntia possibilitará a eventual aplicação da Lei Penal e a instantânea garantia da ordem pública, evitando-se a reiteração criminosa, o que indiciariamente já se viu nestes autos em razão do surgimento de elementos do segundo fato agora melhor apurado. Ademais, tal medida se mostra indispensável, reitero, para o êxito da investigação criminal”, afirmou o magistrado na decisão. 

Relembre o caso

Cintia Mariano está sendo investigada pelo homicídio de Fernanda Carvalho, de 22 anos, em março, e suposta tentativa de homicídio de Bruno Carvalho, de 16 anos, em maio. Nos dois casos, que aconteceram em Bangu, na Zona Oeste do Rio, foram usadas técnicas de envenenamento.

Fernanda foi internada no hospital Albert Schweitzer, em Realengo, no dia 14 de março e no dia 27 do mesmo mês veio a falecer com uma parada cardíaca. Dois meses depois, seu irmão, Bruno, foi internado com os mesmo sintomas.

A situação chamou a atenção de equipe médica, que acionou a polícia sobre o caso. Os dois teriam ingerido alimentos preparados com o veneno Chumbinho. Bruno ficou internado por menos de uma semana e recebeu alta.

Laudo pós-exumação

O exame pós-exumação realizado no corpo de Fernanda Carvalho, de 22 anos, confirmou que a vítima foi envenenada. A principal suspeita é a própria madrasta Cíntia Mariano, que segue presa após também ser acusada de tentar o mesmo contra o irmão de Fernanda.

O laudo feito pelo Instituto Médico Legal (IML) do Rio está a disposição do delegado Flávio Rodrigues, líder das investigações de ambos os casos. A Delegacia de Realengo (33ª DP) segue investigando os assuntos.

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