Investigação
Bebidas com metanol:PF investiga ligação de crime organizado
Casos que já resultaram em três mortes que levantaram o alerta

A Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar os casos de intoxicação por metanol registrados no estado de São Paulo. A corporação apura, entre outros pontos, a possibilidade de que a adulteração de bebidas alcoólicas esteja ligada a ações do crime organizado.
Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, há indícios de que a distribuição do produto contaminado ultrapasse as fronteiras de São Paulo, o que amplia a dimensão da investigação.
A apuração também considera conexões com operações recentes realizadas no Paraná e em outras regiões paulistas, envolvendo a cadeia de combustíveis e a importação de metanol pelo Porto de Paranaguá.
“A investigação vai apontar se há relação com o crime organizado, a partir de operações anteriores. Vamos atuar de forma integrada com a Polícia Civil de São Paulo”, afirmou Rodrigues.
A PF e a Polícia Civil trabalharão em conjunto na identificação da origem do metanol utilizado na adulteração, dos responsáveis pela distribuição das bebidas e da possível estrutura criminosa por trás da ação.
Risco extremo à saúde
O metanol é um tipo de álcool tóxico e não indicado para consumo humano. Quando ingerido, é metabolizado no organismo em substâncias altamente perigosas, como formaldeído e ácido fórmico, podendo causar danos severos ao sistema nervoso, cegueira irreversível e até levar à morte.
Casos de intoxicação por metanol são considerados emergências médicas. Os principais sintomas incluem visão turva ou perda de visão, dores abdominais, vômitos, sudorese e mal-estar generalizado.
A orientação médica é de que qualquer pessoa que tenha consumido bebidas suspeitas procure atendimento imediato, mesmo na ausência de sintomas, para avaliação e tratamento adequados.
O número exato de vítimas e a origem das bebidas ainda não foram divulgados oficialmente. A PF informou que mais detalhes serão apresentados conforme a investigação avançar.


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