Caso Henry Borel
MP recorre sobre decisão que liberou Monique Medeiros da cadeia
Promotor ressalta a gravidade do crime realizado
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) entrou nesta quinta-feira (7) com um recurso para inviabilizar a prisão domiciliar de Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, que saiu da cadeia na noite desta terça-feira (5) após decisão da juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal do Rio.
O pedido foi realizado pelo promotor de Justiça, Fábio Vieira dos Santos. De acordo com ele, a soltura de Monique não é necessária por causa da gravidade de seu crime. Segundo Fábio, a mãe de Henry Borel teve total responsabilidade sobre a morte do filho de quatro anos.
"A denúncia imputa aos acusados a responsabilidade pela morte de uma criança de apenas 4 anos de idade, responsabilidade esta, a título de dolo, vale dizer, por uma conduta deliberada, em que se sabia ou se poderia prever o resultado. Segundo a inicial, o acusado Jairo pratica uma ação, enquanto a acusada Monique se omite e assim permite o resultado, o óbito. Pergunta-se: será uma conduta pior do que a outra? Será que podemos separar os dois personagens responsáveis pela morte do pequeno Henry, de acordo com uma escala, a qual permite aferir a intensidade de suas responsabilidades e como corolário, a intensidade da reprovação de suas condutas? Entendo que respostas negativas se impõe, pelo simples fato de ambas as condutas terem o mesmo grau de periculosidade e concorrerem de igual maneira para a violação do bem protegido, qual seja, a vida", diz em sua justificativa.
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O promotor ainda contrariou a acusação de Monique de possivelmente receber ameaças dentro do cárcere. Fábio compreende que nenhuma dessas acusações tiveram comprovações e a integridade física de Monique continuaria a mesma desde que foi presa.
"Se for para acreditar em tudo que a acusada fala, ela nem seria denunciada, quanto menos presa, pois afirma que nunca fez nada contra seu filho; que foi a melhor mãe que Henry poderia ter; que nunca suspeitou que seu filho pudesse correr perigo; e que até hoje não tem certeza de que seu filho morreu em decorrência de algum crime (frases ditas em seu interrogatório)", ressaltou,
O Tribunal de Justiça do Rio irá apreciar o recurso elaborado.
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