Manifestação
Pilotos protestam por liberação de voos no Parque da Cidade
Ato acontece em via principal do bairro Charitas

Um grupo de pilotos de parapente realiza, na manhã desta quinta-feira (25), um ato pacífico na Avenida Prefeito Silvio Picanço, em Charitas, Zona Sul de Niterói. Eles pedem a reabertura das rampas de voo livre do Parque da Cidade, interditadas desde agosto por determinação da Prefeitura. Há grande engarrafamento na região.
Com faixas e palavras de ordem como “Queremos voar! Tirem as correntes das rampas do Parque da Cidade”, os manifestantes chamaram atenção para o impacto da suspensão nas atividades esportivas e turísticas da região.
As rampas seguem fechadas após um grave acidente ocorrido no dia 9 de agosto, que resultou na morte do piloto Luan Calor Cannelas Gomes da Silva e da passageira Vanessa do Nascimento Alves. A tragédia motivou uma audiência pública, realizada em 27 de agosto na Câmara Municipal, que, no entanto, terminou sem uma definição sobre a retomada das operações.
Durante a audiência, o secretário executivo da Prefeitura, Felipe Peixoto, reafirmou a decisão do governo municipal de manter a interdição até que haja uma regulamentação nacional para a prática do voo livre.
Segundo ele, a orientação partiu diretamente do prefeito Rodrigo Neves, com base em pareceres da Procuradoria Geral do Município (PGM) e sob gestão da Secretaria de Meio Ambiente.
“Enquanto essa regulamentação não for definida, não há hipótese de liberar a pista. Estamos falando de vidas humanas”, afirmou Peixoto na ocasião.
A expectativa gira em torno de um projeto de lei do senador Carlos Portinho (PL-RJ), já aprovado no Senado, que estabelece diretrizes nacionais para a prática do voo livre, especialmente os voos duplos e aulas práticas. A proposta ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados antes de seguir para sanção presidencial.
Os instrutores de voo livre são responsáveis pela formação de praticantes que desejam saltar com parapente ou asa-delta. Já os pilotos de voo duplo são aqueles que conduzem passageiros sem experiência durante saltos com equipamentos não motorizados, como parapentes e paraquedas.


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