Fiscalização
Depósitos clandestinos de bebidas são interditados no Rio
Ação aconteceu nesta quarta-feira (8)

Depósitos clandestinos de bebidas alcoólicas foram interditados nesta quarta-feira (8) durante a Operação Fraude Zero, deflagrada por agentes da Delegacia do Consumidor (Decon), da Polícia Civil do Rio de Janeiro. As fiscalizações ocorreram nos bairros de Água Santa, na Zona Norte da capital, e em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, após denúncias anônimas de comercialização irregular de bebidas falsificadas.
No local vistoriado em Água Santa, os policiais encontraram um depósito funcionando sem autorização da Prefeitura e sem licença da Vigilância Sanitária. As bebidas armazenadas no espaço apresentavam rótulos adulterados, maquiados para se assemelhar a marcas originais, segundo os investigadores.
Durante a ação, centenas de garrafas foram apreendidas e levadas para perícia. O responsável pelo local foi encaminhado à delegacia especializada, onde prestou esclarecimentos. A polícia agora apura a origem dos produtos, assim como os possíveis fornecedores e distribuidores envolvidos no esquema de falsificação.
Os agentes também estiveram em depósitos no Méier e em São João de Meriti, onde averiguaram a procedência dos produtos, a validade das mercadorias e sinais de adulteração nas embalagens. Em caso de confirmação de irregularidades, os responsáveis podem responder por crime contra as relações de consumo.
Casos suspeitos no Estado
Enquanto a polícia atua para impedir a distribuição de bebidas adulteradas, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Rio de Janeiro investiga quatro casos suspeitos de intoxicação por metanol. Os pacientes são moradores de São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Volta Redonda e Cantagalo. Um caso anterior, registrado em Niterói, foi descartado.
Segundo a SES, os pacientes estão sendo monitorados pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS). A ingestão de metanol pode causar visão turva, gastrite severa, cegueira irreversível e até morte. As autoridades de segurança pública foram notificadas para iniciar investigações sobre a origem das bebidas possivelmente contaminadas.
Na segunda-feira (6), o Ministério da Saúde enviou ao estado a primeira remessa de etanol farmacêutico, utilizado como antídoto para tratar intoxicações por metanol. A expectativa é que a chegada do medicamento acelere o início do tratamento de novos pacientes.
Governo lança curso e cartilha
Em paralelo às ações de fiscalização e investigação, o Governo do Estado do Rio de Janeiro lançou nesta terça-feira (7) um curso gratuito e online para capacitar profissionais do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor e órgãos parceiros a reconhecer bebidas falsificadas, descaminhadas ou fora da conformidade legal.
Além disso, uma cartilha produzida pela Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (Sedcon) em parceria com a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) orienta os consumidores a identificar sinais de falsificação. Entre as dicas estão:
Desconfie de preços muito abaixo do praticado no mercado; Observe se os rótulos apresentam impressão nítida e sem erros ortográficos; Verifique se os contrarrótulos estão em português e possuem número de registro no Ministério da Agricultura; Examine tampas e lacres, que devem ter acabamento perfeito, sem falhas, borrões ou vazamentos.
Também nesta quarta-feira (8), a SES lançou uma ferramenta digital para apoiar profissionais de saúde na identificação de casos de intoxicação, com objetivo de acelerar diagnósticos e garantir o início rápido do tratamento.


Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!