Alívio
Menina que teve as mãos queimadas pela mãe recebe alta em SG
A criança ficou internada no Heat durante 17 dias

A menina de 9 anos que teve as mãos queimadas pela própria mãe recebeu alta, nesta terça-feira (9) do Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), em São Gonçalo, após permanecer internada na unidade com queimaduras de terceiro grau durante 17 dias. A mulher havia obrigado a filha a segurar ovos cozidos fervendo, depois da criança reclamar que estava com fome e tentar pegar uma batata enquanto brincava.
Segundo o Heat, a criança ficou internada em companhia do pai e chegou a passar por mais de 10 procedimentos cirúrgicos para restaurar as mãos.
"Agradeço a Deus pela minha filha estar bem, recebendo alta do hospital, indo para casa. Agradeço a toda equipe do hospital que tratou dela com tanto carinho, amor e dedicação. Vamos aguardar por justiça. Minha filha só queria comer e brincar", declarou o pai.
No hospital, a menina passou ainda por diversos exames clínicos e de imagens, tendo que receber antibióticos para conter as infecções da agressão. A equipe de cirurgia plástica da unidade relatou que foram necessárias 14 procedimentos no centro cirúrgico para que as mãos dela pudessem ser recuperadas.
Apesar de receber alta, os médicos do Heat declararam que ainda serão necessários outros processos para reconstrução da pele das mãos, já que as lesões foram graves e profundas. O tratamento deve ser extenso e delicado, e a criança deve continuar sendo atendida no ambulatório da unidade.
Relembre o caso
Uma menina de 9 anos sofreu queimaduras de terceiro grau nas mãos após ter sido vítima de agressão praticada pela própria mãe dentro de casa, no bairro Itaúna, em São Gonçalo. O caso veio à tona após o pai da criança descobrir os ferimentos durante uma visita no dia 22 de agosto.
A criança foi socorrida e internada inicialmente no Pronto-Socorro de São Gonçalo, no bairro Zé Garoto, mas no dia seguinte o estado de saúde da menina se agravou e ela precisou ser transferida para o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Heat.
Após a repercussão do caso, a mãe desapareceu e ainda não havia prestado depoimento na Delegacia de Atendimento à Mulher de São Gonçalo (Deam-SG) até o dia 28 de agosto.
Familiares da menina relataram que a mulher já possuía um histórico de agressões contra os filhos. O caso mais grave anterior teria ocorrido em 2021, quando ela teria aberto a cabeça de um dos meninos e, para encobrir a violência, disse que ele havia caído em um galinheiro.
O Conselho Tutelar tirou a guarda da mãe, e as três crianças foram entregues aos cuidados do pai. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.


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