Proibidos

Acusados de matar perito são proibidos de ir a enterro de parente

Crime ocorreu após uma discussão em um ferro-velho

Lourival Ferreira de Lima e Bruno Santos de Lima estavam querendo ir ao sepultamento de Vitor Santos de Lima
Lourival Ferreira de Lima e Bruno Santos de Lima estavam querendo ir ao sepultamento de Vitor Santos de Lima |  Foto: Reprodução
 

A justiça negou o pedido de dois dos quatro acusados de assassinar o perito da Polícia Civil Renato Couto de Mendonça. Os homens haviam solicitado uma saída da prisão para ir ao enterro de um parente no fim da tarde deste sábado (9).

Lourival Ferreira de Lima e Bruno Santos de Lima, pai e filho, estavam querendo ir ao sepultamento de Vitor Santos de Lima, outro filho de Lourival e irmão de Bruno. Segundo um comunicado emitido e enviado à justiça, Vitor foi morto em uma 'ação violenta'. 

De acordo com a juíza Veleda Suzete Saldanha Carvalho, foi considerada 'temerária' a saída dos acusados 'sem conhecer detalhes da situação concreta, bem como da real possibilidade do Estado de prover escolta adequada'.

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Apesar da Lei de Execução Penal prever a possibilidade de saída para acompanhar sepultamento de familiares, a magistrada ressaltou que não existem provas de que os réus apresentaram justificativas aos diretores do presídio em que estão.

Bruno, sargento da marinha, está no presídio da força armada e Lourival na unidade prisional da Secretaria de Administração Penitenciária, Casa do Albergado Crispim Ventino.

Os outros dois acusados, o cabo Dáris Fidelis Motta e o terceiro-sargento Manoel Vitor Silva Soares, também respondem pelo assassinato de Renato. 

Relembre o caso

Quatro homens, sendo eles três militares da Marinha, foram presos na madrugada do dia 15 de maio, sob acusação de terem sequestrado, matado e escondido o corpo de um policial civil do Rio.

Renato Couto de Mendonça,  papiloscopiosta do Instituto de Identificação Félix Pacheco, órgão vinculado à Polícia Civil,  foi assassinado na sexta-feira, dia 13 de maio. O crime ocorreu após uma discussão em um ferro-velho na Zona Norte do Rio. Segundo as investigações, um carro da Força Armada foi usado para ocultar o cadáver.

A Polícia entrou no caso após o policial não comparecer ao trabalho. Durante as buscas, equipes da Delegacia de Homicídios, da 18ª DP (Praça da Bandeira) e do Félix Pacheco rastrearam o celular de Renato e descobriram que o perito teve uma desavença com um dono de um ferro-velho na Mangueira.

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