Violência
Anestesista é investigado por seis casos de estupro, diz delegada
Giovanni Quintella teve a prisão preventiva decretada
O anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso nesta segunda-feira (11) acusado de estuprar mulheres durante cesáreas, é investigado por seis casos de violência sexual, conforme anunciou nesta terça-feira (12) a delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
De acordo com a responsável pelo caso, foram três casos referentes ao último domingo (10), incluindo o que foi filmado, e mais três casos de vítimas que procuraram a delegacia após a repercussão do caso.
Nós ouvimos uma vítima ontem [segunda], duas hoje [terça] e tem as outras duas do dia 10. Então são seis, contando com a que resultou na prisão em flagrante, são seis que nós investigamos. Os casos do hospital da mulher são mais fortes. Os indícios são mais fortes. Há todo o relato da equipe de enfermagem, há o vídeo da terceira cirurgia, então em relação a esses dois outros partos, os indícios são mais fortes.
Segundo a delegada, funcionárias do Hospital da Mulher de São João de Meriti afirmam terem visto Giovanni com o pênis ereto em uma segunda cirurgia neste domingo (10). Bárbara Lomba ainda informou que não houve necessidade de atestar a sanidade do médico, pois ele é uma pessoa capaz de exercer a medicina.
Já está comprovado pelo prontuário, inclusive, que ele passou em visita a vítima, preencheu um prontuário sobre as condições da vítima. Então é uma pessoa completamente capaz. Ele exercia normalmente a medicina. Vamos evitar chamá-lo de doente.
Em depoimentos, outros médicos que estavam presentes nas cirurgias afirmaram que não identificaram uma conduta anormal do companheiro de profissão. Os funcionários do hospital ainda informaram para os investigadores que cada um ficou na sua função e a dose da anestesia fica sob responsabilidade do anestesista.
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Prisão preventiva
O Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) decretou, após audiência de custódia realizada nesta terça-feira (12), a prisão preventiva de Giovanni Quintella. O homem foi transferido no início da noite para o Presídio Werling de Oliveira, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Ele ficará sozinho em uma cela.
Giovanni ficará preso por tempo indeterminado. O acusado pode ter a sua situação reavaliada em 90 dias dependendo do andamento das investigações e da decisão do Ministério Público se cabe denúncia ou não.
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