Pânico
Após morte de policial da Core, novo tiroteio fecha Linha Amarela
Interdição ocorreu no sentido Fundão

A morte do policial civil José Antônio Lourenço durante uma operação na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, desencadeou uma onda de tensão e caos na região nesta segunda-feira (19). Tiros intensos fecharam vias importantes, assustaram moradores e colocaram alunos em risco.
Por volta do meio-dia, a Linha Amarela precisou ser interditada no sentido Fundão devido a um intenso tiroteio nas proximidades da comunidade.
A alça de acesso à via expressa também foi bloqueada após criminosos incendiarem barricadas, interrompendo o trânsito e espalhando o medo.
"Assim começa a semana: as pessoas deitadas no asfalto quente no sol de 12h pra se proteger de tiroteio na Linha Amarela. Ser carioca é triste, viu. Rio de Janeiro não é só zona sul, praia e good vibes", comentou uma mulher na rede social X (antigo Twitter).
OCORRÊNCIA POLICIAL INTERDITA LINHA AMARELA
— Centro de Operações Rio (@OperacoesRio) May 19, 2025
Devido à ocorrência policial a via está interditada no sentido Fundão, na altura da Cidade de Deus. O trânsito está congestionado causando reflexos na Avenida Ayrton Senna. O acesso Estrada do Gabinal para Linha Amarela está… pic.twitter.com/DSsiUvXZx0
Durante a operação, crianças de uma escola local precisaram se abaixar no chão dos corredores para se proteger dos disparos. Ruas ficaram desertas enquanto o confronto tomava conta da região.
Quem é o policial morto?
O agente morto é José Antônio Lourenço, policial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), diretor jurídico do sindicato dos policiais civis e ex-subsecretário de Ordem Pública do Rio. Ele foi baleado e levado ao Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Polícia Civil informou que "a perda de um dos nossos é sentida com dor e indignação. A Sepol se solidariza com os familiares, amigos e colegas neste momento de luto, também vivido por cada um da instituição".
As diligências para identificar os responsáveis pelo ataque já estão em andamento.
Operação
A ação conjunta da Polícia Civil e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) tinha como alvo a fabricação e venda de sacos de gelo contaminados com coliformes fecais, distribuídos para pontos comerciais nas praias da Barra e do Recreio. Laudos periciais, obtidos em fevereiro durante uma blitz, comprovaram a contaminação.
A operação contava com o cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão, coordenada pelas delegacias do Consumidor (Decon) e do Meio Ambiente (DPMA), além de agentes do Inea.


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