Prisão

Associação dos Delegados sai em defesa de Allan Turnowski

Delegado foi preso no Rio acusado de crimes de contravenção

Delegado Allan Turnowski já havia chefiado a Polícia Civil entre 2010 a 2011 e 2020 a 2022
Delegado Allan Turnowski já havia chefiado a Polícia Civil entre 2010 a 2011 e 2020 a 2022 |  Foto: Divulgação/Polícia Civil
 

A Associação dos Delegados do Rio de Janeiro e o Sindicato dos Delegados do Rio de Janeiro se manifestaram a respeito da prisão envolvendo o delegado Allan Turnowski. O ex-chefe da Polícia Civil compartilhou o documento em seu perfil em uma rede social.

Turnowski é investigado por organização criminosa e envolvimento com contravenção de jogo do bicho. O delegado é candidato ao cargo de deputado federal pelo Partido Liberal, o mesmo do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e do presidente da República Jair Bolsonaro.

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Segundo a associação, tanto Allan Turnowski como o também delegado Antônio Ricardo e suas respectivas defesas ainda não tiveram acesso ao conteúdo das denúncias em que são acusados.

A nota também informa que não há notícia de qualquer objeto ilícito encontrado na casa dos delegados durante os mandados de busca e apreensão exercidos por agentes do Ministério Público na casa de ambos.

A associação e o sindicato questionam o momento em que a operação foi deflagrada, já que os dois concorrem a cargos nas eleições deste ano. Antônio Ricardo é candidato a deputado estadual pelo Podemos.

Temos profundo respeito pelo Ministério Público, contudo, conforme noticiado pela imprensa, os fatos investigados são pregressos e não estariam em curso atualmente, o que nos leva a perguntar a razão de a operação não ter ocorrido há mais tempo ou após o pleito eleitoral.
 

O caso

O ex-chefe da Polícia Civil Allan Turnowski, que é candidato a deputado federal, foi preso na manhã desta sexta-feira (9) por agentes do Ministério Público do Rio de Janeiro. Ele é acusado pelo crime de organização criminosa e envolvimento com o jogo do bicho.

Em sua casa foi cumprido um mandado de busca e apreensão. A ação contou com o apoio da Corregedoria da Polícia Civil. O ex-diretor da Delegacia de Homicídios e candidato a deputado estadual, Antônio Ricardo, também foi alvo de um mandado de busca e apreensão. Em sua casa houve apreensão de celulares. 

Sua advogada, a doutora Adriana Galucio, disse ter dúvida do teor da operação. Ela acredita que possa haver uma relação com o fato de seu cliente ser candidato a deputado estadual.

"É muito suspeito em véspera de política,  já que ele está vindo como candidato a deputado, aparece uma busca e apreensão na casa dele, onde nada de ilícito foi encontrado, isso vai ficar provado no decorrer do processo assim que eu tiver ciência do que ele está sendo acusado, pois ainda não faço ideia do que desencadeou essa operação. Ele nunca foi intimado para prestar nenhum depoimento referente à investigação que está sendo alvo", disse.

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