Estável
Baleado pelo amigo, fisioterapeuta dá sinais de recuperação em Niterói
Matheus Torquarto foi atingido na barriga, em Camboinhas

O fisioterapeuta Matheus Bezerra Torquarto, de 36 anos, apresenta estado de saúde estável, segundo informou o Hospital Estadual Azevedo Lima (HEAL) nesta quinta-feira (11). Ele foi atingido por um disparo de arma de fogo feito pelo próprio amigo, o cabo da Polícia Militar Saymon do Nascimento Torres da Costa.
O caso aconteceu na noite de 30 de agosto, durante uma confusão na Avenida Beira Mar, em Camboinhas, Região Oceânica de Niterói. O policial, aparentemente alterado, efetuou entre 10 e 12 disparos para o alto, segundo testemunhas. Um desses tiros acabou atingindo Matheus na região abdominal.
Conhecidos de Matheus relatam que o fisioterapeuta apresentou boa evolução clínica nos últimos dias e já consegue conversar normalmente. Ele segue internado, em processo de reabilitação com sessões de fisioterapia.
PM indiciado
A 81ª DP (Itaipu) concluiu o inquérito policial e indiciou o PM Saymon por disparo de arma de fogo e lesão corporal culposa. O caso já foi encaminhado à Justiça. A Polícia Civil não informou se ele foi preso.
A Corregedoria da Polícia Militar instaurou procedimento para apurar as circunstâncias do fato. Questionada nesta quinta (11), a PM se limitou a dizer que o caso "segue em andamento".
Entenda o caso
De acordo com testemunhas, a confusão teve início quando amigos de Matheus, que estavam deixando uma festa, avistaram a namorada do PM e se aproximaram para cumprimentá-la, já que se conheciam. O policial, que estava próximo, reagiu de forma agressiva.
Segundo uma das testemunhas, que preferiu não se identificar por medo de retaliações, o cabo passou a encarar o grupo com hostilidade e, sem discussão prévia, começou a atirar para o alto.
O que era para ser uma cena de intimidação durou cerca de dois minutos, até que, em um dos disparos, conforme relatos, o PM teria abaixado a arma e atirado em linha reta, atingindo Matheus, que nada tinha a ver com a situação.
“Ele quis intimidar a gente. Não digo nem por ciúmes, porque ninguém mexeu com a mulher”, afirmou a testemunha.


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