O advogado do influenciador e modelo Bruno Krupp, William Pena, afirmou que a motocicleta pode ter apresentado problemas no freio e que estava com placa, mas que caiu com o impacto do acidente. A defesa se pronunciou, na tarde desta quarta-feira (3), no Hospital Marcos Moraes, no Méier, onde o acusado está sendo submetido a um procedimento cirúrgico. O caso aconteceu no último fim de semana, na Barra da Tijuca, e acabou com a morte do adolescente João Gabriel, de 16 anos.
“A moto estava emplacada sim e com os documentos dele, mas o Detran já tinha aferido a carteira de habilitação dele, ele só não tinha pego ainda. Se procurarem no Detran vão ver que ele foi aprovado para dirigir. Também foi cometido um erro bem grave, pois ele estava com a placa da moto e se despregou na hora que a moto caiu no acidente. O amigo do Bruno achou a placa depois do acidente no local e eu vou apresentá-la na delegacia. Eu tentei apresentar duas testemunhas que assistiram ao atropelamento e o delegado disse que não, que poderia esperar o Bruno sair do hospital para isso. Aí veio nas minhas costas e pediu a prisão dele”, disse William Pena.
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O advogado também contou um pouco da versão de Bruno sobre o ocorrido. “O que eu apurei no local é que a vítima ameaçou atravessar a rua e voltou e isso foi dito pela própria mãe da vítima, que conversou comigo e com a família do Bruno, que está prestando apoio financeiro e moral. Ninguém está correndo da responsabilidade. Houve uma imperícia, isso é fato. O que o Bruno me disse antes da cirurgia hoje é que a moto deu uma pane no freio e ele perdeu o controle por ter visto o rapaz voltando”, afirmou.
Para a defesa, Bruno podia até estar pilotando a moto em alta velocidade, mas que o cliente não tinha a intenção de ferir ninguém.
“É uma moto de quase mil cilindradas, a juventude de hoje quer dar uma arrancada e ele vai pagar o preço pelo erro que ele cometeu de imperícia. Não houve dolo, ninguém sai de casa hoje para poder matar ninguém atropelado. Eu vou sair dali e vou matar alguém na esquina? Acho que está havendo um certo exagero em tudo o que estão publicando e isso vai ser explicado. Não há perícia, foi desfeito o local do acidente. Agora não se pede a prisão preventiva de uma pessoa fundamentando algo que viram no Instagram”, acrescentou.
O advogado afirmou que Bruno foi parado numa blitz três dias antes do acidente e que lá a moto dele já estava emplacada. O mandado de prisão foi expedido pela juíza de plantão Maria Izabel Pena Pieranti.
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