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    Caso de racismo e abuso contra profissional de saúde é investigado em Niterói

    Vítima afirma que recebia ofensas como 'preta nojenta'

    Publicado 13/08/2025 às 20:03 | Autor: André Silva
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    Caso foi registrado na 78ª DP (Fonseca), mas encaminhado para 81ª DP (Itaipu)
    Caso foi registrado na 78ª DP (Fonseca), mas encaminhado para 81ª DP (Itaipu) |  Foto: Gabriel Rechenioti

    A polícia investiga uma denúncia de racismo e abusos em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. O caso foi denunciado por uma cuidadora de idosos, contra um homem de 71 anos. Segundo a profissional, o paciente teria cometido tais crimes durante o período em que ela trabalhava na residência dele, na Região Oceânica.

    A vítima afirma que o idoso tocava partes do seu corpo sem consentimento, além de fazer comentários racistas como “preta nojenta”, “preta fedida” e frases de cunho sexual. Ela disse ainda que outras profissionais também teriam deixado o trabalho após sofrerem situações semelhantes.

    Ainda segundo a denúncia, a esposa do acusado teria, inclusive, presenciado alguns episódios.

    “A mulher dele minimiza muito e culpa a gente. Na noite passada, ela disse para eu evitar ficar no quarto com ele porque ele falou que o meu corpo era bonito. Então, ela quer dizer que ele está fazendo essas coisas porque a culpa é minha, por ser mulher? Por que eles não pedem um enfermeiro? Por que não colocam essa observação?”, questionou a vítima que preferiu ter a identidade preservada.

    A cuidadora também afirma que o paciente é lúcido e não aparente sofrer de transtornos mentais que justifiquem as atitudes.

    “Ele só teve um AVC esquêmico, que paralisou o lado esquerdo, e mais nada. Ele é totalmente lúcido e orientado. O dia inteiro ele chama a gente de ‘preta”, completou.

    Diagnóstico de demência

    Procurada, a família do acusado, através da esposa do idoso, justificou que ele foi diagnosticado com demência em razão das sequelas de um Acidente Vascular Encefálico (AVE) sofrido em 2017, o que, segundo ela, afeta a capacidade de distinguir o que é certo ou errado, e que seu marido é acompanhado por psiquiatra e neurologista.

    Ela disse ainda que considera a denúncia "infundada" e que “fica triste e indignada por ver profissionais da área de saúde agindo contra um paciente com doença mental”.

    O caso foi registrado na Delegacia do Fonseca (78ª) e encaminhado à 81ª DP (Itaipu), que está responsável pela investigação.

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    André Silva

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    Jornalista

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