Vídeos
Cenas de guerra filmadas por drones nos complexos da Penha e do Alemão
121 pessoas morreram, incluindo quatro policiais
O Governo do Estado do Rio de Janeiro divulgou, neste domingo (2), imagens inéditas captadas por drones que registram momentos da megaoperação contra o Comando Vermelho, realizada na última terça-feira (28), nos complexos da Penha e do Alemão. Os vídeos mostram confrontos intensos em que traficantes fortemente armados enfrentaram as forças de segurança.
Entre as armas utilizadas pelos criminosos estão fuzis de uso militar, como AK-47, AR-10, FAL, G3 e AR-15, modelos comumente empregados em zonas de guerra como Síria, Gaza e Iêmen.
De acordo com o material divulgado, diversas ruas ficaram bloqueadas por barricadas em chamas, instaladas para dificultar o avanço dos policiais. As gravações também exibem emboscadas e ações coordenadas, revelando o nível de organização e o poder bélico do grupo.
Em uma das cenas, agentes da Polícia Civil são surpreendidos por uma rajada de tiros enquanto avançavam por uma área de mata. Dois policiais foram feridos. O investigador Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, lotado na 39ª DP (Pavuna), resgatou os colegas, mas acabou morto após tentar prender o autor dos disparos.
Outro vídeo mostra diferentes pontos do Complexo do Alemão em chamas, resultado das barricadas incendiadas. As cenas evidenciam a tática de guerrilha adotada pelos criminosos e o cenário de caos instaurado na região.
Megaoperação
A operação mobilizou cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar. Ao todo, 121 pessoas morreram, sendo 117 suspeitos e quatro policiais e 113 foram presas, entre elas 33 oriundas de outros estados. As equipes também apreenderam 120 armas, incluindo 93 fuzis, o maior número já registrado em um único dia no Rio de Janeiro. O prejuízo estimado ao crime organizado chega a R$ 12,8 milhões.
Segundo levantamento da Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos (CFAE) da Polícia Civil, parte do armamento apreendido tem origem em países como Venezuela, Argentina, Peru, Bélgica, Rússia, Alemanha e também no Brasil. Há indícios de desvio de equipamentos das Forças Armadas, além de fuzis montados com peças contrabandeadas ou adquiridas pela internet. O material foi encaminhado para perícia, e a Polícia Civil pretende compartilhar as informações com o Exército Brasileiro para rastrear a procedência das armas.
 
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