Dança das cadeiras

Comando do batalhão de Caxias é trocado após operação do MP

A mudança ocorre após afastamento do tenente-coronel Araújo

Comandante do batalhão de Caxias é afastado após denuncia contra ele
Comandante do batalhão de Caxias é afastado após denuncia contra ele |  Foto: Marcelo Tavares
 

O Coronel Gustavo Medeiros Bastos é o novo comandante do Batalhão de Polícia Militar de Duque de Caxias (15º BPM). A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Polícia Militar no início da tarde desta quinta-feira (26).

Segundo a PM, o oficial, que atualmente comanda o batalhão de Cabo Frio(25ºBPM (Cabo Frio), tem mais de uma década de atuação na área correicional da Corporação.

A mudança ocorre após afastamento do tenente-coronel Araújo de Oliveira. Mais cedo, ele foi alvo de mandado de busca e apreensão durante operação 'Mercenários' do Ministério Público do Rio. A ação já tem nove policiais militares presos.

O secretário de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, deu posse ao novo comandante.

“Os fatos serão apurados com rigor, mas a missão da Polícia Militar aqui em Caxias não pode ser abandonada”, disse na ocasião.

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MP

As investigações tiveram início a partir da análise de dados do aparelho celular do denunciado Adelmo Guerini, apreendido durante a operação Gogue Magogue, realizada em agosto de 2020 para desmantelar um grupo miliciano que explorava o serviço de mototáxis na comunidade Asa Branca, em Jacarepaguá.

A partir dos dados extraídos do aparelho, foi possível descobrir que policiais militares lotados no Grupamento de Ações Táticas, do batalhão de Queimados ( 24º BPM) e no Serviço Reservado do batalhão de São João de Meriti  (21º BPM), valendo-se da função desempenhada nos batalhões, integraram organização criminosa para cometer os crimes citados. 

Adelmo e os denunciados Mário Paiva Saraiva, Antonio Carlos dos Santos Alves, Denilson de Araújo Sardinha, Weliton Dantas Luiz Junior, Francisco Santos de Melo, Marcelo Paulo dos Anjos Benício e Vitor Mayrinck, integravam a equipe Delta do GAT do 24º Batalhão da Polícia Militar, aliando-se para obter vantagens indevidas, através de acertos de propina com criminosos, em especial traficantes.

Quando o acerto não era realizado, os denunciados realizavam atos de violência, através de extorsões, torturas e homicídios, além de desviar parte ou a integralidade de materiais ilícitos apreendidos que, muitas vezes, sequer eram apresentados à autoridade policial, disse o MP. 

Em fevereiro de 2020, André Araújo, então subcomandante do 24º BPM assumiu o comando do 21º BPM, levando consigo parte do grupo para formar a P2, cujo chefe era Anderson Orrico. A partir deste momento, o esquema criminoso existente no GAT do 24º BPM foi copiado e implementado pela P2 do 21º BPM, com seus integrantes passando a contar com informantes e arrecadadores de propina próprios.

Com isso, passaram a fazer parte da organização criminosa outros cinco policiais militares: Marcelo Leandro Teixeira, Oly do Socorro Biage Cei de Novaes, William de Souza Noronha, Fabiano de Oliveira Salgado e Thiago Santos Cardoso.  Atualmente, André Araújo comandava o 15º BPM, sendo Anderson Orrico o chefe da P2 do mesmo Batalhão. Mario Paiva Saraiva, Antônio Carlos dos Santos Alves e Denilson Sardinha integram o GAT do 15º BPM.

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