Crime
Execução em São Gonçalo: parentes acreditam em envolvimento de conhecidos
Nomes de dois suspeitos já foram apontados, e polícia investiga

O assassinato de Mauricio Gomes da Silva, de 31 anos, nesta quarta-feira (9), em São Gonçalo, pode ter envolvimento de pessoas conhecidas da vítima. Essa é a suspeita da família dele. Dois suspeitos já foram apontados, mas a Polícia Civil ainda investiga o caso.
Ele foi baleado dentro de um carro no bairro Antonina. Apesar de ter sido socorrido e levado ao Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), não resistiu aos ferimentos. A companheira da vítima, que estava no banco do carona, saiu ilesa.
De acordo com pessoas próximas, o casal havia acabado de deixar o filho da mulher na escola. O carro dirigido pela vítima era emprestado da mãe. Morador do Porto da Pedra, Maurício deixa dois filhos de um outro relacionamento e tinha um irmão.
“Os tiros foram certeiros nele”, contou, ao ENFOCO, uma parente, que, assim como outras testemunhas, pediu para não ser identificada por medo de represálias.
A mulher da vítima já prestou depoimento na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, conforme relatos de parentes.
No local do crime, marcas de sangue ainda eram visíveis nesta quinta (10). A execução aconteceu na pista de retorno da Rua Doutor Toledo Piza, uma área com diversos comércios que estavam abertos no momento dos disparos.

“Foi na hora em que as crianças estavam passando pra ir pra escola. A gente se escondeu aqui, houve muitos gritos pra se jogar no chão. Os carros que estavam aqui pediam para os de trás darem ré. Foram uns seis tiros. O carro dele ficou preso, tinha veículos na frente e atrás. Ninguém conhecia o rapaz baleado aqui”, relatou uma costureira, que também preferiu manter o anonimato.
Um funcionário de uma empresa de reciclagem contou que os tiros causaram pânico:
“A gente é novo aqui. Foi do lado de fora. Teve muita correria, e a gente ficou aqui dentro mesmo”, disse, sem querer se identificar.
Já um morador da região, que estava em casa com a esposa, lembra que tudo aconteceu por volta de meio-dia, no horário de almoço.
Eu estava fazendo almoço quando ouvi os disparos. Achei que fosse na rua de trás, só depois fiquei sabendo que um rapaz tinha sido baleado. Foi bem na curva. Essa rua costuma ficar com trânsito por causa do sinal
Um trabalhador de uma oficina relatou que estava chegando ao serviço quando ouviu os tiros de longe:
“Foi uma covardia. Eu estava do outro lado da pista, longe da oficina. O chão ficou cheio de sangue. Eu não conhecia ele”, disse.
Na manhã desta quinta, um familiar esteve no Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó para realizar a liberação do corpo. Até o momento, não há informações sobre o velório e sepultamento.


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