Manifestação
Moradores protestam contra megaoperação no Rio; vídeo
Ato reuniu moradores e motociclistas em crítica ao governo
Moradores e motociclistas dos complexos da Penha e do Alemão fazem um protesto, na tarde desta quarta-feira (29), em frente ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio, contra as mortes registradas na megaoperação policial realizada nesta terça-feira (28). O grupo saiu da Praça São Lucas, na Penha, e seguiu pela Avenida Brasil até a sede do governo estadual, sob escolta de agentes do Batalhão de Policiamento Tático Móvel (BPATAMO).
Durante o ato, manifestantes carregaram bandeiras do Brasil pintadas de vermelho e cartazes com frases como “Castro assassino”. O grupo criticou o governo estadual e pediu justiça pelas vítimas da ação. Uma das participantes, que não quis se identificar, afirmou: “Isso não foi operação, foi uma carnificina”.
O protesto provocou reflexos no trânsito da Rua Pinheiro Machado, onde uma faixa de cada sentido foi ocupada pelos manifestantes. O Centro de Operações Rio (COR) alertou motoristas para evitarem a região. As retenções chegaram ao Viaduto San Tiago Dantas, no sentido Túnel Santa Bárbara, e até a saída do túnel, no sentido Praia de Botafogo.
MANIFESTAÇÃO EM LARANJEIRAS!
— Centro de Operações Rio (@OperacoesRio) October 29, 2025
Atenção, motoristas!
Manifestantes ocupam a Rua Pinheiro Machado, na altura do Palácio Guanabara, no sentido Centro.
Evite a região!#CORInforma #zonasul pic.twitter.com/VAPU0Rrf1j
A manifestação ocorre no mesmo dia em que o governador Cláudio Castro tem uma reunião agendada com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para discutir os desdobramentos da operação, que terminou com mais de uma centena de mortes e é considerada a mais letal da história do estado.
'Sucesso'
Durante coletiva concedida à tarde, o governador Cláudio Castro classificou a ação como um “sucesso” e afirmou que apenas os quatro policiais mortos eram “vítimas”. O governador não comentou os corpos encontrados por moradores em uma área de mata no Complexo da Penha.
“A nossa contabilidade começa quando os corpos entram no IML. A Polícia Civil tem a responsabilidade de identificar quem eram aquelas pessoas. Eu não posso fazer balanço antes disso”, declarou Castro.
O secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes, explicou que as forças de segurança criaram o chamado “Muro do Bope”, estratégia em que agentes do Batalhão de Operações Especiais avançaram pela Serra da Misericórdia para cercar criminosos e empurrá-los em direção à mata.
Já o secretário de Segurança Pública, Victor Santos, afirmou que o “dano colateral” foi “muito pequeno”, sustentando que apenas quatro inocentes morreram na ação, que mobilizou cerca de 2,5 mil policiais civis e militares.
 
 
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