Justiça por Panda: grupo faz protesto por cão morto por PM em Niterói

Moradores da Serra Grande, em Itaipu, Região Oceânica de Niterói, vão realizar um protesto neste domingo (8), às 8h30, para cobrar justiça às autoridades após um cachorro ter sido morto a tiros por uma policial militar em uma pracinha local, no dia 25 de novembro. "Panda" era um American Staffordshire Terrier descrito como "extremamente dócil" pelos grupos "SOS Pets RO" e "Rescue Day".

O ato acontecerá na pracinha do bairro onde ocorreu o crime. No comunicado, o grupo convocou a população "requerendo das autoridades competente justiça em prol do crime ocorrido, em praça pública, bem como dos maus-tratos e abandonos de animais de estimação, que se tomaram uma lamentável rotina diária em Niterói".

Ainda segundo os organizadores, o público estimado é de cerca de 100 pessoas e estarão presentes, já confirmados, vereadores, o secretário da Regional da Região Oceânica, a presidente da Comissão de Proteção à Causa Animal da OAB, além de veterinários, protetores e amantes dos animais.

O protesto acontecerá no endereço Praça do Microbairro Ecológico de Itaipu - Av das Esmeraldas - 178 - Itaipu - Niterói - RJ

Relembre o caso

Panda, um American Staffordshire Terrier, foi baleado e morto com um tiro na cabeça na Serra Grande, em Itaipu, na manhã de 25 de novembro.

A mulher que atirou, uma policial militar, afirmou em depoimento que passeava com sua cadela, da raça labrador, na calçada de uma praça na Rua Trinta e Seis quando foi atacada pelo cão. A PM alega que atirou para se defender, já que o animal estaria sem guia e focinheira, e teria partido para cima dela e de seu labrador.

Conclusão do inquérito

Na última quinta-feira (5), a 81ª DP (Itaipu), delegacia responsável pelo caso, concluiu a investigação. A policial militar que efetuou os disparos, foi indiciada por maus-tratos contra cães e gatos. Por outro lado, o tutor de Panda, também policial militar, vai responder por omissão de cautela na guarda do animal.

O delegado titular da 81ª DP (Itaipu), Deoclécio Assis, informou que as evidências coletadas durante a investigação não sustentam a alegação de ataque do cachorro feita pela policial. O caso foi enviado ao Ministério Público, que decidirá se irá oferecer denúncia contra a policial militar que atirou.