Logo Enfoco


    Investigação

    Laudo revela trajetória do disparo que matou mulher de PM em Maricá

    Sargento foi preso em flagrante ao prestar depoimento

    Publicado 17/09/2025 às 11:01 | Autor: Tiago Souza
    Ouça a reportagem
    Siga no Google News Siga o Enfoco no Google News
    A perícia ainda apura se o projétil atravessou o crânio da vítima
    A perícia ainda apura se o projétil atravessou o crânio da vítima |  Foto: Lucas Alvarenga

    O laudo preliminar realizado no corpo de Shayene Araújo, de 27 anos, apontou que o único disparo que a atingiu entrou pela região occipital, parte posterior da cabeça. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (17) por uma fonte ligada ao Instituto Médico Legal (IML) do Barreto, em Niterói. A perícia ainda apura se o projétil atravessou o crânio.

    A região atingida é considerada extremamente sensível, localizada na base do crânio, conecta-se à coluna vertebral e abriga o lobo occipital do cérebro, responsável pela visão. Lesões nesse ponto costumam causar perda parcial ou total da visão e, em muitos casos, são fatais, como foi o caso da jovem.

    De acordo com especialistas, a constatação de que o disparo atingiu a parte posterior da cabeça pode confrontar a versão inicial de acidente apresentada pelo marido da vítima, o sargento da Polícia Militar Renato César Guimarães Pinna.

    Shayene foi baleada dentro de casa, na Rua Pedro José Alves, bairro Flamengo, em Maricá, na tarde de terça-feira (16). Ela chegou a ser socorrida ao Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara, mas não resistiu.

    No primeiro registro, o caso foi apresentado na delegacia de Maricá como “suposto acidente”. O PM alegou que havia pedido para a companheira pegar sua arma no quarto, quando ouviu o disparo. Entretanto, segundo o delegado Willian Batista, responsável pela investigação, a versão não condiz com os resultados do laudo inicial e com a perícia realizada no local.

    Outro ponto que chamou atenção dos investigadores foi a postura do policial na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG). Após a chegada do advogado, ele preferiu permanecer em silêncio, aumentando as suspeitas sobre a narrativa inicial.

    Ainda segundo Batista, testemunhas ouvidas relataram que havia um histórico de agressões no relacionamento. Uma vizinha afirmou ter escutado gritos pouco antes do disparo.

    Diante das contradições e do resultado da perícia, o sargento da PM foi autuado em flagrante por feminicídio e transferido para a Unidade Prisional da Polícia Militar, no Fonseca, em Niterói.

    Tags

    Tiago Souza

    Tiago Souza

    Repórter sob Supervisão

    Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco
    Achados e Perdidos

    Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!

    Entrar no grupo
    Artigo anterior
    <

    Tiroteio acaba com bandido morto e outro baleado no Rio

    Relacionados em Polícia