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    Oruam critica megaoperação no Rio: 'Chacina'

    Rapper postou um vídeo de desabafo nas suas redes sociais

    Publicado 30/10/2025 às 8:54 | Autor: Enfoco
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    O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, postou um vídeo em suas redes sociais desabafando sobre a megaoperação nos Complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, nesta terça-feira (28), e que resultou na morte de 121 pessoas, sendo quatro policiais. O cantor classificou a ação como uma "chacina".

    "28 de outubro de 2025 aconteceu a maior chacina da história do Rio. Meu nome é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, mais conhecido como Oruam. Eu sou filho do Márcio dos Santos Nepomuceno, mais conhecido como Marcinho VP. Eu sou reflexo da sociedade, meu pai é reflexo da sociedade e o bandido que está apontando pistola e fuzil também é reflexo da sociedade", começou dizendo.

    Ainda segundo Oruam, a operação aconteceu para "vender para a mídia". "A mídia descobriu que matar vende muito. A sociedade gosta do banho de sangue e ela usa o bandido como maior vilão para esconder os verdadeiros bandidos, que estão dentro de mansões, que pagam o governo todo para não serem vistos. O crime não está só na favela. O crime está no governo, nas câmeras. E o favelado é só um reflexo da sociedade", declarou.

    Oruam é filho de Marcinho VP, apontado como o chefe geral do Comando Vermelho (CV). O criminoso está preso desde 1996, na qual cumpre pena em regime fechado na penitenciária de segurança máxima de Campo Grande, no Mato Grosso, por associação criminosa, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e homicídio.

    Megaoperação

    Nesta quarta-feira (29), a cúpula da Segurança Pública do Rio de Janeiro concedeu entrevista coletiva na Cidade da Polícia, para detalhar a megaoperação. Segundo o secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes, foi criado um 'muro do Bope' no alto da Serra da Misericórdia, local de maior confronto com os criminosos.

    Na ação, participaram 2.500 policiais civis e militares, 25 blindados, 26 drones, 12 veículos de demolição, uma aeronave, 120 viaturas e uma ambulância blindada.

    Saldo

    - 121 mortos (117 criminosos e 4 policiais)

    - 113 presos (sendo 33 de outros estados)

    - 10 adolescentes apreendidos

    - 118 armas (91 fuzis, 26 pistolas e um revólver)

    - 14 artefatos explosivos

    - centenas de munições

    - toneladas de drogas que ainda estão sendo contabilizadas.

    Maior baque no CV

    Segundo Felipe Curi, secretário de Polícia Civil, a ação desta terça foi o maior baque da história do Comando Vermelho (CV).

    "Nem na ocupação do Alemão em 2010 teve tanta perda significativamente como a de ontem. Eu nunca vou me esquecer do dia 28 de outubro de 2025. No total, 113 criminosos foram presos, sendo 33 de outros estados, 10 adolescentes apreendidos, 118 armas, sendo 91 fuzis, 26 pistolas e um revólver, e 119 mortes (número pode aumentar), já contando com os quatro policiais", detalhou Curi.

    Durante a coletiva, o secretário aproveitou para alfinetar o Oruam e, sem citar nome, o presidente Lula.

    "É inacreditável vermos essas críticas, pessoas que não sabem de nada de investigação pública e de segurança, do que acontece na Polícia. Temos que acabar com esse discurso de narcoativistas, invertendo a narrativa. Tem gente falando que os traficantes são vítimas dos usuários de drogas. Eles não sabem o que falam. Vimos o filho do líder do Comando Vermelho falando que por trás do fuzil tem uma pessoa. Não tem mais vítima. O policial está sendo tratado como o errado, e não é. Não vamos mais tolerar isso. Eles tomaram um baque que nunca vão esquecer", exclamou.

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