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    Justiça

    PMs são presos por fazer segurança privada em horário de serviço

    Militares atendiam a "padrinhos" com estrutura da corporação

    Publicado 01/07/2025 às 21:35 | Autor: Agência Brasil
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    Operação foi feita nesta terça-feira (1º) pelo Ministério Público do Rio
    Operação foi feita nesta terça-feira (1º) pelo Ministério Público do Rio |  Foto: Arquivo

    O Ministério Público do Rio (MPRJ) realizou nesta terça-feira (1º) uma operação contra 11 policiais militares lotados no batalhão de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Eles foram denunciados à Justiça Militar por prestar serviço de segurança armada privada a comerciantes do município, durante o horário de serviço e usando toda a estrutura da corporação. Os acusados vão responder na Justiça pelo crime de organização criminosa, corrupção passiva e peculato.

    A ação contou com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MPRJ e da Corregedoria-Geral da Polícia Militar. Os militares Jaime Vicente, Rodrigo Viana, Ivaney Gama, Rodrigo de Oliveira, Pablo Regis, Ubiratan Ferreira, André Monsores, Rafael Santos e Rafael Carvalho foram presos durante a ação.

    Outros dois policiais militares ainda não foram localizados, são eles: Felipe da Silva e Marcelo Silva. Os mandados de prisão foram expedidos pelo Juízo da Auditoria da Justiça Militar e foram cumpridos em endereços em Belford Roxo, Nova Iguaçu, Maricá e nos bairros da Pavuna e Bento Ribeiro, na zona norte da capital fluminense.

    De acordo com a denúncia do Ministério Público, os comerciantes beneficiados pelo esquema eram informalmente chamados de “padrinhos”. Os crimes ocorreram entre 2021 e 2024, período em que os policiais estavam lotados no 39º batalhão, na cidade de Belford Roxo.

    Atualmente, alguns dos denunciados ainda permanecem na unidade, enquanto os demais estão no 12º BPM (Niterói), 15º BPM (Duque de Caxias), 20º BPM (Mesquita), no Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPTur) e na Prefeitura de Belford Roxo.

    De acordo com as investigações, a oferta do serviço era contratada pelos comerciantes, com quem os PMs estabeleciam uma relação de dependência econômica, comprometendo os princípios da legalidade, moralidade e isonomia no acesso à segurança pública. Entre os pontos comerciais identificados estavam restaurantes, lanchonetes, mercados, lojas, postos de combustíveis, depósitos, farmácias, clínicas, universidades, funerárias, serviços de mototáxi, transporte alternativo, feiras livres, festas populares e até um posto do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), em Belford Roxo.

    Em nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que os policiais presos foram conduzidos para a sede da corregedoria, onde fizeram os trâmites administrativos e o exame de corpo de delito. Em seguida, foram levados para a unidade prisional da corporação, em Niterói, onde ficarão à disposição da justiça.

    A nota diz ainda que a Polícia Militar “vem atuando contra todos os tipos de delitos cometidos por policiais militares e não compactua com possíveis desvios de conduta ou cometimento de crimes praticados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos”.

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