Tiroteio na Maré com mais de 10 presos, incluindo PM

Já são 12 pessoas presas, até às 7h desta quinta-feira (2), na maior operação contra o tráfico de drogas da Região Serrana. A investigação policial revelou que o líder da organização criminosa, seu braço direito e outros comparsas estavam escondidos no Parque União, no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, onde houve registro de tiroteio nas primeiras horas da manhã.

Entre os detidos, estão um policial militar da ativa, que de acordo com a polícia, fornecia informações para o Comando Vermelho; e um assessor especial da Prefeitura de Petrópolis. As investigações identificaram 55 envolvidos no esquema.

A ação deflagrada envolve policiais civis da 106ª DP (Itaipava), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), e o Gaeco (Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público.

A operação faz parte da segunda fase da "Operação Asfixia", que visa desmantelar o esquema de narcotráfico da facção Comando Vermelho, responsável pela distribuição de drogas em diversas áreas de Petrópolis, principalmente em Itaipava.

Os agentes visam cumprir 18 mandados de prisão e o bloqueio de cerca de R$ 700 mil em bens ligados à organização criminosa, atingindo seu patrimônio usado para sustentar as atividades ilícitas.

As investigações revelaram que os criminosos comandavam a logística de transporte de entorpecentes para a Região Serrana, onde eram redistribuídos por gerentes locais. O grupo também exercia um controle territorial violento, impondo medo e repressão à comunidade.

A apuração policial também demonstrou a atuação de um policial militar que recebia pagamentos para repassar informações sigilosas à facção. Ele também facilitava a logística do tráfico e expunha a atuação de outros policiais, agindo como aliado dos criminosos. As diligências que levaram à captura dele contaram com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar.

Além disso, um dos alvos presos exerce cargo de assessor especial da Prefeitura de Petrópolis. Para a polícia, isso demonstra a infiltração da facção em estruturas institucionais e a utilização de funções públicas para assegurar a manutenção e expansão de suas atividades ilícitas.