Justiça
Traficante foragido vira réu no caso do ataque à delegacia na Baixada
Além de 'Doca', outros dois acusados serão julgados pelo crime

O traficante Edgar Alves de Andrade, conhecido como "Doca", e outros dois homens viraram réus pelo ataque à 60ª DP (Campos Elíseos), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A decisão foi tomada pela Justiça e divulgada nesta segunda-feira (5), após denúncia feita pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio (GAECO/MPRJ).
O caso aconteceu no dia 15 de fevereiro deste ano, quando criminosos invadiram a delegacia armados com fuzis e granadas. Segundo as investigações, "Doca" teria mandado um grupo atacar a unidade para resgatar Rodolfo Manhães Viana, conhecido como "Rato", preso horas antes por tráfico e associação para o tráfico, na Comunidade Vai Quem Quer. Ele já havia sido transferido para a Cidade da Polícia, mas os bandidos não sabiam.
Durante a invasão, dois agentes foram feridos. Um deles chegou a ser torturado pelos criminosos, que buscavam informações sobre o paradeiro de "Rato". A Justiça também decretou a prisão preventiva dos três denunciados, todos ligados à facção criminosa Comando Vermelho. Eles vão responder por tentativa de homicídio qualificado, tortura, dano qualificado e associação para o tráfico.
As investigações contaram com mandados de prisão temporária e buscas. A análise de celulares apreendidos confirmou o envolvimento de "Doca", além da participação de Nilson Tavares de Oliveira, conhecido como "Novinho" ou "Nilsinho", e Edward Yuri Correia Santana, chamado de "Brinquedo". Outro suspeito, Joab da Conceição Silva, já havia sido denunciado. Nilson foi morto em confronto com policiais civis no último sábado (3).
Segundo consta no Portal dos Procurados do Disque-Denúncia, "Doca" está foragido do sistema prisional. Ele tem condenações por tráfico e associação ao tráfico, além crimes de tortura.


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