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'Vampiro de Niterói': Justiça decide destino do serial killer
Marcelo Andrade está preso desde a década de 90
Marcelo da Costa Andrade, que ficou conhecido como 'Vampiro de Niterói' após matar e beber o sangue de 14 crianças na década de 1990, não será mais transferido para o Hospital Psiquiátrico de Jurujuba, na Zona Sul de Niterói.
A decisão foi divulgada nesta terça-feira (5). No documento ao qual o ENFOCO teve acesso, a juíza Roberta Barrouin Carvalho de Souza solicitou a reconsideração da determinação inicial de 2023, que pedia a transferência de Andrade até o dia 18 de março deste ano.
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Os argumentos apresentados foram de que o Hospital Psiquiátrico de Jurujuba não era adequado, pois não possuía a estrutura necessária para cuidar do paciente.
Especificamente, afirmaram que não havia mais leitos de longa permanência desde dezembro de 2023, chamando a atenção também para o fato de o hospital estar próximo a escolas públicas.
Diante desses problemas que dificultavam o cumprimento da ordem judicial, a juíza responsável pela decisão optou por não prosseguir com a transferência.
Com isso, Marcelo da Costa Andrade permanecerá, por ora, no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Henrique Roxo, no Centro da cidade.
Entenda o caso
Após praticar os crimes, Marcelo foi considerado inimputável, ou seja, não poderia ser julgado devido à doença mental ou desenvolvimento mental incompleto. Por isso, ele está no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Henrique Roxo.
No entanto, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu encerrar os manicômios judiciários, e, por isso, Marcelo precisa ser transferido de unidade. A sugestão do Hospital de Jurujuba foi dada pela Secretaria Estadual de Saúde e determinada pela Justiça.
No entanto, a Prefeitura de Niterói informou ao ENFOCO que a unidade não tem condições de receber o paciente por não realizar mais internações no local.
Além disso, o advogado dele, Luiz Mantovani, também chegou a falar em entrevista ao ENFOCO, que há uma preocupação com a segurança do Hospital Psiquiátrico de Jurujuba, para onde o serial killer seria levado.
"É algo que inicialmente concordamos com a magistrada e com o Ministério Público, só que nós não conhecíamos o hospital. Fui verificar. Pelo que a gente levantou, não tem estrutura. E agora, há pouco tempo, fugiu alguém de lá e matou um porteiro. Então, obviamente, não é o local que a gente quer", pontuou o advogado.
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