MPF
Suspeita de venda fraudulenta do Ozempic pode ser investigada
Deputado Vitor Junior protocolou representação contra empresa

O Ministério Público Federal (MPF) pode apurar possíveis omissões da farmacêutica Novo Nordisk, fabricante do medicamento Ozempic (semaglutida), após suspeita de venda fraudulenta ocorrida no Rio de Janeiro. A representação contra empresa foi protocolada no MPF pelo deputado estadual Vitor Junior (PDT).
Na representação, o parlamentar solicita ainda que o MPF oficie a Anvisa sobre providências já tomadas e, se constatada falha de conduta, proponha ação civil pública para responsabilizar a fabricante e garantir mudanças no rótulo, rastreabilidade e comunicação com o consumidor.
A denúncia apresentada pelo parlamentar tem como base relatos sobre possíveis fraudes no Ozempic, que estaria sendo alvo de adulterações no Brasil e em outros países, resultando em hospitalizações e até mortes, incluindo um caso ocorrido recentemente no Rio, quando uma paciente adquiriu o medicamento em farmácia credenciada e, ao aplicar insulina pensando estar usando Ozempic, foi internada em estado grave na UTI.
O problema teria ocorrido pela semelhança entre as canetas aplicadoras dos medicamentos Ozempic e Fiasp (insulina de ação rápida), o que pode permitir possíveis fraudes por simples troca de rótulos.
Segundo o deputado estadual, a empresa não adotou medidas eficazes para diferenciar suas embalagens, nem promoveu campanhas informativas à população, o que contraria o Código de Defesa do Consumidor e expõe riscos aos usuários.
“O Ozempic é um medicamento de alto custo, de aplicação injetável e uso contínuo. O mínimo que se espera é segurança na sua identificação. O que vemos é uma falha grave que vem sendo ignorada. Por isso, levamos esse caso ao MPF”, afirmou o parlamentar.
Até a publicação desta reportagem, a empresa não havia se pronunciado sobre os questionamentos do parlamentar.


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